Guardiola elegeu o seu melhor jogo no Barcelona

O livro agora lançado pelo jornalista e antigo atleta Martí Perarnau – “Herr Pep” – a contar a primeira temporada de Pep Guardiola à frente do Bayern mostra alguma confissões do antigo técnico do Barcelona. 

O resultado são mais de 400 páginas que detalham o dia-a-dia de uma época em que o Bayern, liderado por Guardiola, conquistou a Supertaça da Europa, o Mundial de Clubes e a Bundesliga.

O livro conta o lado mais informal da orgânica de um cube como o Bayern e como Guardiola se orienta no seu habitat natural.

“Falámos pouco sobre o clube, mas abordámos bastante o futebol daquele Barcelona. E discutimos qual foi a melhor partida daquela equipa”, conta.

Bom, estamos a falar do melhor Barcelona da história, que venceu 2 Ligas dos Campeões, 2 Mundiais de Clubes, 3 Ligas espanholas e 2 Supertaças Europeias. Em quatro anos, Pep Guardiola conquistou tudo – 247 jogos, 179 vitórias, 47 empates e apenas 21 derrotas (um aproveitamento de 78,8% dos pontos disputados).

Foi neste período que o Barça goleou 5-0 o rival Real Madrid – treinado por José Mourinho – e repetiu a dose 6-2 no Bernabéu. Venceu por duas verzes o Manchester United em duas finais da Champions.

Para Pep, foi a final do Mundial de Clubes contra o Santos que elegeu como o “seu” melhor jogo. “’Esse dia foi top’”, disse-me”, contou Perarnau.

O Barcelona destroçou o Santos (com Neymar) com uma goleada por 4-0 na final do Mundial de Clubes. Num jogo quase perfeito.

Foi aqui que Guardiola começou a pensar em abandonar o clube. A partir dali, aquela equipa não conseguiu mais evoluir em termos de desempenho e foi aí que ele percebeu que deveria sair do Barcelona”.

“Pep é absolutamente obsessivo com o seu trabalho. É latino de coração, vêmo-lo a gesticular, bracejar, abraçar e a beijar, mas de cérebro é muito alemão. É perfeccionista, pensa sempre mais à frente. Isso fá-lo estar muito insatisfeito. Vive para o futebol e por isso se desgasta como se desgasta”, conta Perarnau.

Herr Pep, o livro da autoria de Martí Perarnau

“Vai desgastar-se no Bayern, na selecção ou para onde vá. Porque está 24 horas”.

Na apresentação do livro, o jornalista desvendou ainda que Guardiola não criou nenhuma personagem – “é transparaente”. “E isso é um defeito, porque não tem uma couraça”, disse o autor perante o olhar atento de Valentí Guardiola, o pai de Pep. 

O resumo do jogo da final do Mundial entre o Barcelona e o Santos:

 

SOL