Este documento foi elaborado depois de uma semana de debate entre 200 bispos, num sínodo sobre a família, e refere que a Igreja devia encontrar “um espaço fraternal” para os homossexuais sem comprometer a doutrina católica em temáticas como a família e o casamento.
“Os homossexuais têm qualidades que podem oferecer à comunidade cristã: seremos nós capazes de receber estas pessoas, garantindo-lhes um maior espaço na nossa comunidade? Muitos querem encontrar uma Igreja que lhes ofereça uma casa de ‘braços abertos’”, refere o documento.
Ainda que mantenha a posição da Igreja quanto à condenação de actos homossexuais e se oponha ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, a linguagem usada é menos crítica e mais solidária do que a de anteriores documentos.
“Sem negar os problemas morais ligados às uniões por parte de homossexuais, é importante realçar que a ajuda mútua chega ao ponto de ser indispensável para a vida dos parceiros”, pode ler-se.
Recorde-se que, no ano passado, o Papa Francisco afirmou que a Igreja tem de ter uma maior compaixão para com os homossexuais: “Se uma pessoa é gay, procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para a julgar?”
Os grupos mais conservadores da Igreja já vieram considerar o documento como uma "traição" e até como uma heresia.