Primo de Sócrates suspeito no Monte Branco

José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, primo de José Sócrates, está a ser investigado no processo Monte Branco, a maior rede de sempre de evasão fiscal e branqueamento de capitais.

O familiar do ex-primeiro-ministro recorria a Aurélio Alves, funcionário da Coutada – uma empresa do pai, de venda de armas, com loja de venda ao público na Praça da Figueira – para ir buscar dinheiro à loja de Francisco Canas, a Montenegro Chaves, na Rua do Ouro.

Canas, também conhecido como ‘Zé das Medalhas’, era o intermediário usado pela rede Monte Branco para introduzir em Portugal o dinheiro que os clientes tinham escondido na Suíça. As verbas passavam por contas de Canas que as levantava em Lisboa ao balcão, no seu banco, e depois os entregava aos clientes, em malas de dinheiro, na sua loja.

José Paulo Pinto Sousa esteve também envolvido no caso Freeport, era o parente de Sócrates que Charles Smith acusava de ser o receptor de ‘luvas’  para conseguir o licenciamento do Freeport. Estava também referenciado num outro processo, com início em 2001, que decorreu no DCIAP, onde se investigavam indícios de tráfico de influências, corrupção, financiamento de partidos e branqueamento de capitais, relacionados com a Câmara da Amadora, então liderada por Joaquim Raposo. Foi aí também que foi referida a Mecaso, uma das empresas da mãe de Sócrates, Maria Adelaide Monteiro.

felicia.cabrita@sol.pt