Cavaco distingue Serralves por ‘inestimável contributo’ à cultura

 Presidente da República, Cavaco Silva, distinguiu hoje a Fundação de Serralves, no Porto, com o título de Membro Honorário da Ordem de Sant’Iago da Espada, pelo seu “inestimável contributo” para a cultura em Portugal.

Cavaco distingue Serralves por ‘inestimável contributo’ à cultura

Durante uma intervenção no encerramento da reunião do Conselho de Fundadores de Serralves, Cavaco Silva salientou que a fundação, para além de ser “uma referência no meio artístico internacional” é também um “caso de sucesso em termos de impacto económico, através da qualificação e do aumento global do turismo que tem vindo a gerar”.

“A este propósito, gostaria de sublinhar a importância que Serralves atribuiu, desde o início, à questão da articulação da produção e divulgação da cultura com a sua inserção no tecido económico, trazendo com frequência essa matéria à reflexão pública e dando o exemplo de uma gestão dinâmica e equilibrada”, declarou o Presidente da República.

Cavaco Silva destacou ainda que a Fundação de Serralves, a comemorar este ano 25 anos de existência, “continua a desenvolver, com a desejável independência face ao poder político e aos interesses privados, todo um vasto e bem-sucedido programa de formação de públicos e de sensibilização para as questões da arte, da cultura e do ambiente”.

O Presidente da República recordou que, em 1987, havia estado presente, então enquanto primeiro-ministro, na abertura ao público da Casa e do Parque de Serralves, dois anos antes do estabelecimento da fundação.

Cavaco Silva realçou que, na altura, “era preciso criar um museu que acolhesse e conservasse o vasto acervo de arte moderna e contemporânea que o património nacional tinha vindo a acumular” e, por outro lado, “era preciso encontrar um modelo institucional suficientemente flexível”.

Desta forma, e no contexto da importância artística e arquitetónica da Escola do Porto, “o Porto era, de algum modo, o destino natural de um projeto como aquele”.

“O que se pretendia, de facto, não era instalar mais uma instituição dependente do Estado, mas sim um polo a que se juntassem entidades e pessoas da sociedade civil, capazes de lhe imprimir uma dinâmica cultural e social que colocasse o país na rota dos movimentos artísticos e culturais mais avançados”, declarou o Presidente da República, que de seguida visitou as exposições patentes no museu.

Lusa / SOL