Na quinta-feira passada, o advogado João Araújo deslocou-se à prisão de Évora, onde o antigo primeiro-ministro se encontra detido preventivamente, tendo afirmado aos jornalistas que entrega hoje, perto das 16h00, o recurso, considerando que "é altura de José Sócrates se defender publicamente".
"Há um cidadão injustamente preso, em meu entender" e, por isso, "tem que ser libertado, logo que alguém se aperceba da injustiça, da ilegalidade", sustentou na ocasião, acrescentando esperar que Sócrates "vá passar o Natal a casa porque, só o facto de estar preso há 15 dias, é um abuso", o qual "tem que cessar o mais depressa possível".
O recurso é entregue no TCIC, tribunal que decretou a prisão preventiva ao antigo primeiro-ministro socialista, subindo depois para o Tribunal da Relação.
Antes do recurso do advogado de José Sócrates, deram entrada no Supremo Tribunal de Justiça três pedidos de 'habeas corpus', todos à revelia da defesa do antigo primeiro-ministro.
O primeiro pedido de 'habeas corpus' foi recusado por falta de fundamento legal, o segundo não chegou a ser admitido para apreciação. O terceiro será decidido na quarta-feira.
José Sócrates encontra-se detido preventivamente desde 25 de Novembro indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.
Lusa/SOL