Portugal sobe 3 lugares no índice de saúde dos consumidores de 2014

Portugal está classificado em 13.º lugar no Índice Europeu de Saúde dos Consumidores de 2014, hoje divulgado, em Bruxelas, com 722 pontos de um máximo de 1000 e três posições acima do estudo de 2013.

A Holanda continua no primeiro ligado do Índice Europeu de Saúde dos Consumidores (IESC), com 898 pontos de um máximo de 1.000, seguida pela Suíça, Noruega, Finlândia e Dinamarca.

A 8.ª edição do estudo inclui 36 países e a Escócia e conclui que, apesar de ligeiras reduções nos gastos com a assistência médica em muitos países, o desempenho total da assistência médica continua a melhorar.

O IESC considera que, apesar de estar "sob forte pressão financeira, Portugal tem conseguido superar insuficiências históricas, tais como acesso deficiente e resultados fracos, o que lhe valeu a subida de três lugares em relação a 2013".

O país terá ainda, recomenda o estudo, de melhorar no campo da prevenção, nomeadamente do tabagismo e do abuso do álcool, que "se mantêm em níveis altos".

No que respeita aos antibióticos, foi reduzido o seu uso excessivo "mas as infecções hospitalares resistentes são ainda uma ameaça importante".

Portugal aumentou 51 pontos para os 722 desde o estudo de 2013, o que, para os responsáveis do IESC, reflecte a melhoria dos direitos e informações e acesso dos pacientes. O estudo revela também que tem sido enfrentado com bons resultados o problema da tradicional longa espera da assistência médica portuguesa, o que contradiz a situação verificada nestas primeiras semanas de Janeiro com longas filas e elevados tempos de espera em várias urgências hospitalares.

Também melhoraram os resultados dos tratamentos embora haja tendência para reduzir a gama e o alcance dos serviços e do acesso a novos produtos farmacêuticos.

Aliás, o relatório recomenda que "quando os recursos assim o permitam, a gama e o alcance dos serviços devem ser salvaguardados para prevenir mais desigualdade na assistência médica.

Na tabela de 2014, Portugal está à frente da Inglaterra e logo após a Suécia, ultrapassando ainda os 670 pontos da Espanha e os 648 da Itália.

O Índice é compilado a partir de uma combinação de estatísticas públicas, sondagens a pacientes e pesquisa independente conduzida pela Health Consumer Powerhouse Ltd, uma empresa privada sediada na Suécia, medindo o desempenho da assistência médica na Europa e no Canadá.

Lusa/SOL