MP abre inquérito a caso dos oito reclusos da cadeia de Castelo Branco

A Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito ao caso ligado à entrada ilegal de substâncias, ainda não identificadas, no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco, cujo consumo, no domingo, levou ao internamento de oito reclusos.

Em resposta à agência Lusa, a PGR disse que a investigação está a decorrer na 1.ª Secção da da Procuradoria Local da Comarca de Castelo Branco.

A Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) informou no domingo que a causa da hospitalização dos oito reclusos será averiguada para apuramento do tipo e modo de entrada da substância ilícita que os afectou.

"A ocorrência será objecto de averiguação por parte desta direcção-geral e será comunicada ao Ministério Público, para apuramento do tipo e modo de entrada no estabelecimento, da substância ilícita que afectou o estado de saúde dos reclusos que a consumiram", referiu então a DGRSP, em comunicado enviado à Lusa.

Segundo o documento, ao princípio da tarde de domingo, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi chamado ao Estabelecimento Prisional de Castelo Branco e transportou oito reclusos, "que apresentavam sinais de doença súbita, resultante do consumo de uma substância ilícita, presumivelmente 'ketamina'

O estado de saúde dos reclusos mantém-se estacionário e ainda com risco de vida, segundo informou hoje o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS).

"Os oito doentes [reclusos] estão todos na unidade de cuidados intensivos polivalentes [UCIP]. É uma situação grave. Os doentes mantém-se em estado estacionário, em relação ao dia de ontem, considerado grave, ainda com risco de vida", disse hoje aos jornalistas o presidente do Conselho de Administração da ULS de Castelo Branco, Vieira Pires.

Reclusos de Castelo Branco continuam em risco de vida

Lusa/SOL