STCP lamenta incumprimento dos serviços mínimos decretados para a greve

A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto lamentou hoje o incumprimento dos serviços mínimos decretados para a greve de 24 horas, adiantando que piquetes impediram esta manhã alguns autocarros e motoristas de trabalhar.

"Infelizmente [os serviços mínimos] não foram cumpridos, porque alguns piquetes de greve impediram a saída de alguns autocarros e de motoristas para trabalhar", afirmou à Lusa fonte da empresa pública de transporte rodoviário de passageiros.

O dirigente do Sindicato dos Motoristas do Norte Jorge Costa disse esta manhã que a greve de 24 horas dos trabalhadores da STCP está a registar adesão total e que nem os nem os serviços mínimos estão a ser cumpridos.

"Não há autocarros a circular, a adesão é de 100%. Os motoristas estão concentrados nas duas estações de recolha de autocarros, Francos e Via Norte", disse Jorge Costa, referindo que pelas 08h45 deveriam estar a circular cerca de 400 autocarros.

Os trabalhadores da STCP estão em greve desde as 00h00 de hoje em defesa do carácter público da empresa e pela contratação de mais motoristas.

A mesma fonte da STCP preferiu não fazer quaisquer considerações sobre esta paralisação.

Os trabalhadores consideram que "só com a manutenção da empresa na esfera do Estado será possível a manutenção de um serviço público com qualidade, indispensável às populações do Grande Porto".

O serviço poderá também ser afectado a partir de terça-feira "e até que a empresa proceda à admissão de novos motoristas", porque foi convocada uma greve parcial às duas últimas horas de cada serviço diário, bem como às duas últimas e duas primeiras horas dos serviços com intervalo entre etapas.

Acresce a greve convocada para os fins-de-semana, a partir do dia 16 de Maio.

As organizações representativas dos trabalhadores da STCP referem que esta greve aos fins-de-semana visa permitir a todos "gozar o seu merecido descanso, face à impossibilidade do gozo de dias de férias".

O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social determinou serviços mínimos que abrangem duas dezenas de linhas.

Lusa/SOL