Jane Birkin pede à Hermès que retire o seu nome de mala de crocodilo

A cantora e atriz Jane Birkin exigiu à marca Hermès que rebatize a mítica carteira em pele de crocodilo com o seu nome, uma das mais caras do mundo, por “práticas cruéis” durante o abate daqueles animais. 

"Exigi à casa Hermès para rebatizar a 'Birkin Croco' até melhores práticas que respeitem as normas internacionais a serem implementadas para o fabrico do saco", disse, em comunicado, a atriz.

Jane Birkin disse que foi "alertada para as práticas cruéis reservadas aos crocodilos durante o seu abate para produzir carteiras da Hermès" com o seu nome.

A casa Hermès ainda não reagiu à exigência da atriz.

A Birkin foi desenhada em 1984 pela própria atriz depois de um encontro num avião com o presidente da Hermès à época, Jean-Louis Dumas. Na altura, Jane Birkin, que tinha sido mãe há pouco tempo, queixou-se de não conseguir encontrar uma carteira prática e chique.

Com duas alças e com grande capacidade, a carteira, uma das mais caras do mundo, é popular entre as celebridades, e tal como a sua 'prima', a carteira Kelly (referência a Grace Kelly) aos quadrados em seda, é um emblema da marca.

A Birkin está disponível em diversos materiais — vaca, bezerro, avestruz, crocodilo e a cores — e é feita à mão por uma única pessoa e demora a fazer entre 18 e 25 horas.

O modelo em crocodilo está disponível a partir de 33.000 euros por encomenda. No início de junho, uma Birkin de crocodilo com 18 quilates de ouro e diamantes de acabamentos foi vendida por 202 mil euros num leilão da Christie em Hong Kong.

Os modelos clássicos de couro custam cerca de 7.000 euros e são muito difíceis de encontrar nas lojas da marca.

A organização de defesa dos animais Peta lançou em junho uma campanha a exigir à Hermès que pare de comprar e usar peles exóticas e vender acessórios de pele de crocodilo e jacaré.

Lusa/SOL