Dados em alerta

Os problemas de privacidade são quase tão antigos quanto a internet, desde que ela foi vulgarizada para o uso dos cidadãos, em finais dos anos 90.

A Comissão Nacional de Protecção de Dados tem, na sua página online (www.cnpd.pt) uma série de conselhos práticos para que não ‘cliquemos’ à toa no que nos aparece no ecrã, revelando dados pessoais importantíssimos.

Em protocolo com a CNPD, o Centro de Competências em Cibersegurança e Privacidade (C3P) da Universidade do Porto desenvolveu um software de privacidade que pode ser instalado numa pen drive. Podemos tê-la sempre connosco e utilizá-la em qualquer computador deixando o mínimo rasto possível da nossa passagem.

Mas, para desaparecermos dos vários modos com que nos vigiam hoje devemos ir mais longe. Eis alguns conselhos. Num simples trajecto de casa para o trabalho, por exemplo: devemos, avança Luís Antunes, do C3P, «desactivar o GPS e a procura automática das redes wireless no telemóvel» ou talvez mesmo desactivá-lo, «não usar a Via Verde, evitar as câmaras de videovigilância nas ruas (o que é cada vez mais difícil)», pagar as despesas (café, combustível e supermercado, etc.) com dinheiro. «De certeza que nos estamos a esquecer de outras tantas sugestões, por exemplo não ser multado», ironiza, em conclusão, Luís Antunes.