Heloísa Apolónia

Vai participar pela primeira vez nos frente-a-frente da campanha eleitoral, debatendo com o líder do CDS, Paulo Portas, no próximo dia 10. Já foi eleita sete vezes em legislativas, tem quase 25 anos de Parlamento e o seu partido, o PEV, nunca foi a votos autonomamente. É uma insólita peculiaridade do sistema parlamentar português, resultado da engenharia política do PCP, que criou em 1982 este seu partido-satélite e tem sustentado a sua existência parlamentar. Agora, o PCP deu mais um passo e concedeu-lhe o estatuto de protagonista dos debates eleitorais. Vai ser uma oportunidade única, porventura irrepetível, para a líder do PEV.

SOMBRA

Jorge Jesus

Foi um somatório de erros próprios do Sporting e de más decisões da arbitragem, tanto em Moscovo como no jogo de Lisboa. Mas o facto é que a eliminação da Liga dos Campeões consuma o falhanço de um dos principais objectivos da época leonina e do seu novo treinador. Que, pelos milhões e notoriedade perdidos, pode condicionar bastante o futuro próximo da equipa sportinguista. Depois de uma entrada retumbante e triunfal em Alvalade, eis o primeiro tropeção. Que deixa mossas.

Bruno Dias

Paulo Portas disse estar ‘encantado’ com o debate com Heloísa Apolónia e acrescentou que em democracia não se recusa o confronto de ideias, ao invés dos países comunistas, pois ‘em nenhum haveria um debate com o adversário político, porque seria o último’. Esta evidência incontestável indispôs, pelos vistos, este susceptível e ortodoxo deputado do PCP, que equiparou Portas a ‘um pide reformado’. Eis o pitecantropismo político à solta. Devia estar a pensar nos debates na Coreia do Norte ou na ex-URSS…

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