Donald Trump. Jeb Bush devia falar inglês em vez de espanhol

O magnata do imobiliário e aspirante a candidato republicano às eleições para a Casa Branca em 2016 Donald Trump disse hoje que o seu rival nas primárias Jeb Bush devia falar inglês e não em espanhol nos EUA.

“Eu gosto do Jeb. É um bom homem. Mas ele deveria dar o exemplo e falar em inglês enquanto está nos Estados Unidos”, disse Trump numa entrevista à Breitbart News, em referência à fluência de Bush na língua castelhana, a qual não hesita em usar nas suas intervenções públicas.

Na terça-feira, Bush criticou duramente Trump em espanhol num encontro com estudantes da escola presbiteriana 'La Progresiva', situada no coração de 'La Pequeña Habana', em Miami (Florida).

"Ataca-me todos os dias com barbaridades. Com coisas que não são verdade. Este homem não é conservador. Foi democrata mais tempo do que republicano, disse que se sente mais confortável sendo democrata. Eu estive oito anos como governador, ele não é conservador", disse Bush à imprensa sobre Trump.

"Se não estás totalmente de acordo com ele (com Trump), ou és idiota ou estúpido. Bla bla bla é isso que ele é”, acrescentou o filho e irmão de antigos presidentes norte-americanos, que também criticou as propostas migratórias de Trump, de construir um muro na fronteira com o México e deportar os imigrantes ilegais.

Por sua vez, Trump defendeu-se das acusações de não ter um historial conservador e de ter estado relacionado com os democratas no passado, comparando-se ao ex-presidente republicano Ronald Reagan (1981-1989).

"Ronald Reagan não era um conservador. Converteu-se num grande conservador. Quando terminar a minha presidência, depois de oito anos, as pessoas vão dizer que eu sou um grande conservador, muito melhor do que alguma vez Jeb (Bush) conseguiria ser", garantiu o magnata.

Donald Trump lidera as sondagens sobre as primárias do Partido Republicano, e tem conquistado pontos a Hillary Clinton, favorita para a candidatura democrata, no caso de uma hipotética disputa enquanto candidatos oficiais à Casa Branca, escreve a agência Efe.

Lusa/SOL