depois de dias de impasse, e sob forte pressão por parte dos parceiros europeus, os gregos conseguiram chegar a acordo e aprovaram novas medidas de austeridade que, esperam, devem chegar para cumprir os três mil milhões de cortes na despesa pública exigidos pela troika.
apesar de não terem ainda sido divulgados os pormenores do acordo, o kathimerini avança que parte do dinheiro deve ser retirado do orçamento para a área da defesa.
a bloomberg, que teve acesso a um esboço do documento final, revela que o governo grego aceitou reduzir o salário mínimo (750 euros) em 20% e cortar 15 mil postos de trabalho na função pública, ainda este ano.
estas são duas das dez exigências da troika. para haver acordo total falta os partidos gregos entenderem-se acerca da redução das pensões mais baixas, ponto mais controverso em atenas.
a comissão europeia, o banco central europeu e o fundo monetário internacional deverão agora colocar ao dispor do governo de atenas uma nova tranche de ajuda no valor de 130 mil milhões de euros.
«há alguns minutos, recebi uma chamada telefónica do primeiro-ministro grego, que me disse que os maiores partidos gregos alcançaram um acordo». foi assim que o presidente do bce, mario draghi, afirmou ter tomado conhecimento da decisão grega.
o ministro das finanças, evangelos venizelos, voou já para bruxelas onde se vai encontrar com os parceiros do eurogrupo para finalizar a concessão do novo empréstimo de ajuda financeira.
o segundo resgate tinha como contrapartidas medidas duras, para um país que já sofreu bastantes cortes e austeridade. entre as exigências da troika contavam-se 3 mil milhões de cortes na despesa pública, mais um corte de 20% no salário mínimo e menos 15 mil funcionários públicos no aparelho do estado.
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