Liceu Camões lança petição contra falta de obras de requalificação

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Camões, em Lisboa, lançou uma petição pública online pela ‘Indispensável e Urgente Reabilitação e Requalificação do ‘Liceu Camões’’. Está em causa a fragilidade dos edifícios, bem como a falta de materiais informáticos e de laboratório.

O parecer do Laboratório Nacional da Engenharia Civil denuncia mesmo a “extrema vulnerabilidade” do ginásio e o “mau estado de conservação” do edifício, que “necessita urgentemente de uma obra de reabilitação global”.

A petição denuncia que o edifício – classificado desde 2012 como monumento de interesse público – “nunca teve qualquer intervenção de fundo”, fator que agravou as suas condições estruturais, bem como as dos seus equipamentos laboratoriais, desportivos e tecnológicos. A Associação de Pais alerta que se “coloca em risco a segurança” de professores, funcionários e dos cerca de 2000 alunos que frequentam diariamente este espaço.

“O objetivo é conseguirmos as 4000 assinaturas para que possamos levar à discussão no Parlamento a situação de abandono em que se encontra o Liceu”, disse ao SOL Patrícia Marques, Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Camões.

“Apesar das sucessivas tentativas, ao longo destes meses, não temos tido qualquer resposta por parte do Ministério da Educação e da Ciência, nem da Parque Escolar”, frisou.

O SOL já tinha noticiado em Julho que a requalificação através da Parque Escolar chegou a ter a ter início marcado para Agosto de 2011. Apesar de, em 2015, o liceu ainda integrar a lista de escolas da 3.ª fase que deveriam ter sido intervencionadas de 2009 a 2011, a entidade pública não avança com qualquer previsão de quando as obras poderão começar.

A petição conta até agora com 540 assinaturas. Amanhã, dia 29 de Setembro, a comunidade escolar recebe deputados de todos os partidos políticos e coligações para um debate organizado pela direção da escola que terá como temas a “evolução da Educação e da Sociedade Portuguesa, as desigualdades de oportunidades e as políticas educativas no contexto da austeridade”, disse ao SOL o diretor João Jaime Pires.