Desde 25 de julho, data da aplicação da medida, não houve qualquer alteração nos procedimentos. Todos os dias há 16 agentes destacados para vigiar em permanência a moradia do ex- presidente do BES – quatro elementos em turnos de seis horas.
“Em matéria operacional, o dispositivo policial mantém-se”, acrescentou a mesma fonte. A PSP espera que na revisão trimestral das medidas de coação – mesmo que o juiz Carlos Alexandre decida pela manutenção da obrigação de permanência na habitação – o modus operandi do dispositivo policial seja alterado.
O juiz Carlos Alexandre determinou a comunicação à PSP das medidas aplicadas e solicitou a vigilância adequada a assegurar o cumprimento das obrigações impostas. No entanto, a lista com os nomes das pessoas que Salgado foi impedido de estabelecer contactos está apenas na posse dos oficiais da PSP.
Aos agentes no local é pedido um relatório de fiscalização diária. Essa informação é submetida aos superiores hierárquicos, a quem compete fazer o cruzamento com as diretrizes do despacho judicial. Na prática, “só após a leitura do relatório o juiz saberá que esteve na casa indevidamente”, explica a mesma fonte. Além dos restantes arguidos no processo, Salgado não pode contactar com Henrique Granadeiro, Zeinal Bava e Francisco Machado da Cruz, entre outros.
“Os polícias comentam que se sentem como simples seguranças privados a vigiar uma residência. Não é qualquer cidadão que tem esse privilégio”, critica a mesma fonte.