Seleção da Guiné-Bissau. Treinador português não recebe há quatro meses

Paulo Torres, o antigo internacional português que treina a seleção de futebol da Guiné-Bissau, disse hoje à agência Lusa que tem quatro meses de salários em atraso. “Não recebo há quatro meses, é uma situação que me deixa extremamente triste, porque vivo no país [Guiné-Bissau], tenho as minhas responsabilidades, temos as nossas famílias e ninguém assume…

Guiné-Bissau defronta hoje a Libéria, no Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau, na segunda mão das pré-eliminatórias para o acesso à fase de grupos de apuramento para o Campeonato do Mundo de 2018. Na primeira mão, no sábado, em Monróvia (capital da Libéria), as duas seleções empataram a uma bola.

Paulo Torres está confiante em obter um bom resultado no jogo desta tarde, mas diz que gostava de ter os salários regularizados para se poder concentrar melhor. "Já dei entrada de uma carta na Federação sobre a situação para que alguém a assuma. Já é uma situação limite. Obviamente que gosto do país, respeito muito a nação guineense, quero o melhor para o país", observou ainda o treinador português.

Paulo Torres diz que apesar dos atrasos salariais e de falta de condições de trabalho, a Guiné-Bissau, sob o seu comando, "tem tido bons resultados" nos jogos diante de "seleções poderosas" de África.
Muitas vezes acusado de não ter um projeto para a seleção, Paulo Torres promete, para breve, publicar em livro as suas ideias para o desenvolvimento do futebol guineense

Lusa/SOL