Lisboa está de moda

Não temos de ter a EXPO Internacional (como a de 1998) nem a capital cultural europeia (que, depois de 94, voltará um destes anos) para Lisboa estar completamente de moda – como está. Em Maio (de 26 a 29) vamos ter cá, na Cordoaria Nacional, a 1ª edição internacional da ARCO (Feira de ArteContemporânea) de…

Parece que o mundo anda radiante connosco, e não se preocupa minimamente com a acalmia política trazida com a saída do Governo de Passos, como não se preocupava enquanto ele estava. Porque, além de não se notar nenhum recrudescimento no Turismo, apenas o seu normal e regular aumento, também os outros dois acontecimentos foram certamente e confiadamente previstos na anterior situação, e radiantemente mantidos na nova. Continuamos a ser bons apreciadores de arte contemporânea (incluindo entre os mais possidentes grandes colecionadores),continuamos a ir na vanguarda das novas tecnologias, e continuamos a receber bem os turistas, com ótimas ofertas para quem nos visita. Seja qual for o Governo: o do PSD, que nos esmifrou até ao tutano com impostos, e agora finge indignar-se com eles, ou o do PS, que deveria defender impostos justos, mas parece obrigado a ceder neste capítulo à Europa.

O diretor da ARCO Lisboa será o mesmo da que se realiza no IFEMA (Feira das Indústrias) de Madrid: o espanhol Carlos Urroz. E Paddy Cosgrave, presidente executivo do Web Summit, será o comandante das operações desta em Lisboa.

Talvez não sejamos é tão importantes como WolfgangSchauble quer fazer querer, ou pensa realmente, ao sugerir que podemos ser responsáveis pelo recrudescer da crise financeira internacional. Então porque desceram tanto os nossos juros da dívida (mais ainda do que os de outros países)? Ou porque é que agências como a Moody’s gostam do nosso Orçamento? Talvez Schauble, distraído, não tenha reparado que o Deutche Bank consegue ser sozinho mais pernicioso para o mundo do que a herança do anterior Executivo, ou os planos do novo, ou ambos juntos.