Adeus à McDonald’s politicamente correta

Tenho de reconhecer nunca ter sido a McDonald’s das minhas preferências, talvez por alguma esquisitice gourmet da minha parte. Mas também digo ser uma marca de grande agrado entre a minha numerosa filharada e sobrinhada.

Vi no DN que a marca se penitenciou por fazer ‘discriminação’ nos menus infantis, sobretudo nos presentes dados na dita ‘Happy Meal’. Discriminação de género, entenda-se. A empresa penitencia-se agora por ter pecado (não sei se a ideia de ‘pecado’ não será também politicamente incorreta), quando dava presentes masculinos aos meninos, e femininos às meninas. Talvez passe a dar bonecas aos meninos, e carrinhos às meninas, tornando-se mais politicamente correta. Mas sim, eu sei, para ser completamente politicamente correta, e ir deveras na onda, ou nos ares do tempo, serão todos corridos indiscriminadamente a bonecas, ou a carrinhos. E até já vi algum editorialista achar ser este o caminho para as mulheres não ganharem menos, nem serem preteridas nos empregos. Como no jornalismo nunca assisti a este tipo de discriminações, estou em crer que se dão noutros setores – e acredito que sim, que se dão, mas não acredito que se mudem com pôr os meninos a brincarem com bonecas e as meninas com carrinhos, salvo os casos excecionais em que as tendências deles vão nesse sentido.

Eu, talvez muito conservador nos costumes (penso não o ser tanto nas ideias), e com muita honra, continuarei a contrariar a McDonald’s, e a dar carrinhos aos rapazes e bonecas às raparigas. Do mesmo modo, se der um presente pelo nascimento de um bebé, será azul para meninos, e cor-de-rosa para meninas – admitindo amarelo ou branco para os 2 géneros. E quanto à McDonald’s, estou convencido de que terá conquistado clientes noutros setores, mas perdeu uma boa quantidade na minha família.