Atlético e City ligados pela história

Logo a abrir, uma pergunta para queijinho: o que têm em comum o Manchester City e o Atlético de Madrid na segunda mão do acesso aos quartos-de-final da Liga dos Campeões? Lá está, pois claro, a história do seu lado. Ou a estatística se preferir, uma espécie de auxiliar de memória que costuma andar de…

Antes do apito inicial (19h45), tenha estes dados em atenção: se o Dínamo Kiev nunca venceu em Inglaterra, também o PSV Eindhoven ainda procura o primeiro triunfo em Madrid. Fatores que dão alento às ambições europeias dos citizens e dos colchoneros, embora em circunstâncias diferentes. Já lá chegamos. Vamos por partes. Primeira paragem: Manchester.

O nó na gravata de Manuel Pellegrini está cada vez mais apertado, numa altura em que a sombra de Pep Guardiola, o treinador contratado para a próxima época, parece fazer suspirar a maior parte dos adeptos do City. Não é caso para menos. Com o empate do passado sábado em casa do Norwich (0-0), os citizens comprometeram quase em definitivo as aspirações ao título inglês. E a conquista da Taça da Liga parece insuficiente para um plantel avaliado em mais de 500 milhões de euros – o surpreendente líder Leicester vale pouco mais de 127 milhões –, segundo o portal Tranfermarkt.

Numa época (quase) desastrosa, sobra a prova milionária da UEFA para secar as lágrimas. Ainda assim, o vento parece soprar a favor dos ingleses. Além da vantagem conquistada em Kiev (3-1), a equipa de Manuel Pellegrini ainda conta com a ajuda da estatística para carimbar uma presença inédita nos quartos-de-final da Champions.

O saldo de visitas dos ucranianos a terras de Sua Majestade não deixa dúvidas: 0 vitórias, 2 empates e 11 derrotas. Antunes, Miguel Veloso e companhia, terão que chutar a tendência para canto se quiserem chegar à próxima fase, um degrau que os campeões ucranianos não conseguem subir desde 1999.

A missão do Dínamo torna-se ainda mais espinhosa se tivermos em conta que Aguero surge apostado em entrar já esta noite no top-10 dos melhores marcadores de sempre do City – o argentino de 27 anos está a dois golos dos 130 de Frank Roberts, que ocupa a décima posição da lista.

Madrid, a terra maldita Não há como o negar: os holandeses não se dão bem com os ares de Espanha (4 empates e 8 derrotas). Muito menos com os da capital, onde o melhor que o PSV Eindhoven conseguiu em cinco visitas foi um empate frente ao Real em 1987/88.

Pela primeira vez nestas andanças em 9 anos, o campeão holandês até conseguiu bater o pé ao vice-campeão europeu de 2014 em Eindhoven, no jogo da primeira mão, a 24 de fevereiro. Um resultado que deixa a eliminatória em aberto e coloca mais uma vez em xeque o histórico de confrontos.

É que o Atlético venceu quatro dos cinco jogos que realizou em casa contra equipas holandesas e apurou-se em dez das 12 eliminatórias europeias em que empatou no primeiro embate. Será que a tradição ainda é o que era? Passamos a bola para o relvado.

hugo.alegre@sol.pt