Candidatos ao Novo Banco podem apresentar propostas para 51%

Já a Associação Portuguesa de Bancos admite apoiar a nacionalização da instituição financeira.

Os candidatos ao Novo Banco podem apresentar propostas para 51%. A garantia foi dada pelo comentador da SIC Notícias, Luís Marques Mendes ao revelar que a base de dados (data room) da instituição financeira já está disponível. E que "as propostas podem ter um formato flexível, para 100%, para 51%; venda directa numa parte e bolsa noutra parte; é um processo diferente do anterior".

De acordo com o responsável, os candidatos têm de entregar propostas até ao verão.

O caderno de encargos já publicado define que os interessados no Novo Banco poderão materializar o investimento em várias fases. Através do concurso no Procedimento de Venda Estratégica; no Procedimento de Venda em Mercado como ‘Cornerstone Investors’ [investidores de referência]; ou como investidores institucionais no IPO (Oferta Pública Inicial).  

Potenciais interessados

O presidente do Santander Totta já disse publicamente que tem interesse em voltar a estudar o dossier Novo Banco. O mesmo se passa com o BCP.

Nuno Amado, presidente do BCP, disse recentemente que se fosse autorizado por Bruxelas admitiria concorrer à compra do Novo Banco.

O BCP voltou a dizer que tem uma proibição de aquisição que só pode ser levantada em condições excepcionais. O Estado tem falado com a DG Comp sobre esse assunto, revelou o presidente do BCP. "Se nos derem essa oportunidade analisaremos", disse, o presidente do Banco na apresentação de resultados.

Por sua vez o BPI é apontado como interessado no Novo Banco. Mas na última conferência de imprensa, Fernando Ulrich disse que não comentava.

Nacionalização é uma possibilidade

Já o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira admitiu, esta segunda-feira, diz que a nacionalização do "banco bom" do BES "é uma possibilidade". "Não tínhamos nada a objetar. Vejo é muita dificuldade que possa acontecer", revela em entrevista ao "Jornal de Negócios".

Para tal ser possível, o banqueiro diz que o Estado tem de assumir os custos do empréstimo ao Novo Banco. Contudo, Faria de Oliveira diz não poder comentar se veria com bons olhos que o Fundo de Resolução promovesse a fusão do Novo Banco e BCP, nem referd nenhum comprador ideal.