Ministro: “não há necessidade de orçamento retificativo na saúde”

Em entrevista ao SOL, a responsável da Administração Central do Sistema de Saúde disse que seria desejável mais verbas. Ministro não concorda

O ministro da Saúde afastou esta manhã no parlamento a necessidade um orçamento retificativo para a saúde. Em entrevista ao SOL, a presidente da Administração Central do Sistema de Saúde disse que seria desejável haver mais verbas este ano até porque as reposições salariais não foram acauteladas no orçamento. Adalberto Campos Fernandes diz não estar de acordo com a leitura de Marta Temido.

Na entrevista ao SOL, publicada na edição do fim-de-semana, Marta Temido considera que, na ausência de mais verbas, haverá situações complicadas em alguns hospitais, o que aumenta a necessidade de reorganização. A responsável revela que, já a propósito do regresso às 35 horas, a ACSS vai para o terreno trabalhar com os hospitais uma vez que não há verbas para sorrir necessidades por via de novas contratações.

Na intervenção no parlamento, o ministro da Saúde apontou também a reorganização de serviços como prioridade e sublinhou que este ano as metas orçamentais são para cumprir. Por isso mesmo, diz que não obstante as negociações em curso com os sindicatos até para tentar que médicos depois dos 55 anos continuem a fazer urgências, o quadro orçamental não permitirá um aumento das remunerações este ano. O mesmo com a reposição do pagamento das horas extraordinárias, que tem motivado protesto por parte dos sindicatos. “Este ano não será possível alterar o pagamento das horas extra”, afirmou Adalberto Campos Fernandes.