Vela. Colisão obrigou portugueses a sair de cena mais cedo

O pior aconteceu no penúltimo dia de competição. No Tejo o cenário era perfeito até a equipa convidada, Vega Racing, se descontrolar e acabar contra o SP Visit Madeira, catamarã português, comandado por Diogo Cayolla

No terceiro e penúltimo dia de competição da etapa de Lisboa do Extreme Sailing Series finalmente chegava o cenário tão esperado na Doca de Pedrouços. Confiar na natureza era a única opção e valeu (muito) a pena. Com ventos superiores a 40 km/h, as pequenas embarcações com 10 metros de comprimento, os tais “barcos voadores” GC32 chegaram a atingir velocidades de 65km/h. Loucura para os velejadores, mas também para o público que se deslocou para assistir à prova, num dos melhores dias da temporada de 2016.

Emoção era a palavra de ordem e o perigo fez-se sentir (ainda mais) depois da organização cancelar a última regata do dia (oitava), dadas as condições.

Uma decisão que tornou a ausência da embarcação de Diogo Cayolla mais curta, depois da tripulação portuguesa ser obrigada a sair de água mais cedo do que era previsto. Foi durante a 5.ª regata do dia que o pior aconteceu. Um choque, sem culpas por parte do SP Visit Portugal com o wild-card Vega Racing deixou ambas as equipas sem hipótese de escolha. Abandonar as águas do Tejo foi a única opção que restou para Portugal depois do casco ter ficado danificado. Infelicidade para a equipa portuguesa numa altura em que seguia a liderar na melhor regata do dia.

O acidente entre os portugueses e os norte-americanos marcaram um dia, com poucas novidades na tabela classificativa. Alinghi provou, mais uma vez, que quando há vento não há quem os apanhe e venceu, seguida da Norauto – equipa convidada a par da Vega Racing. A Oman Air esgotou os lugares do pódio.

Último dia A Doca de Pedrouços recebeu o último dia do evento desportivo este domingo e as condições voltaram a ser as melhores. O SP Visit Portugal voltou ao rio para cumprir as últimas seis regatas, antes da partida para Sydney – etapa final que irá decidir o título.

Depois do incidente no sábado, Cayolla e companhia fizeram a melhor pontuação na última regata, mas nem isso foi suficiente para subir na tabela de Lisboa. O resumo dos quatro dias traduz-se num oitavo lugar da tabela, apenas à frente do Thalassa Magenta Racing – embarcação exclusivamente feminina – com 153 pontos.

Alinghi navega até à Austrália com a vitória em águas lusas, seguido pela Norauto. A Red Bull impôs-se à Oman Air e assumiu o terceiro lugar. Na classificação geral Portugal continua intacto. Depois de aterrar – vindo diretamente da ilha da Madeira – no 6.º lugar na geral voa até à terra dos cangurus sem dar o salto. Sexto lugar na geral para a embarcação de Cayolla, num ranking comandado pela Oman Air (79 pontos.) A disputa pelo título continua ao rubro e as águas australianas vão ser o terreno decisivo na decisão do título. A Alinghi, consolida o segundo lugar na geral, com menos dois pontos que a Oman Air e, logo a seguir, surge a Red Bull com 73 pontos.