Turismo. Dormidas recuaram em agosto

Hotelaria cresceu menos do que nos meses anteriores, com os turistas portugueses a decrescerem e os estrangeiros a abrandarem.

O turismo português voltou a atingir um novo recorde mensal de dormidas durante o mês de agosto. Os estabelecimentos hoteleiros registaram nesse mês 2,3 milhões de hóspedes e 7,5 milhões de dormidas, o que representa crescimentos de 3,4% e 3,7% em relação a julho, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Ao todo foram registados 2,985 milhões de dormidas no Algarve, 1,539 milhões em Lisboa, 990,9 mil no Porto e Norte, 812,2 mil na Madeira, 774,2 mil no Centro, 269,8 mil no Alentejo e 222,4 mil nos Açores.

Mas enquanto nos primeiros sete meses deste ano o aumento de dormidas estava na casa dos dois dígitos (10,2%), em agosto este crescimento abrandou para 3,7%, o que faz com que a média mensal do ano recue para 8,9%.

No entanto, este recuo que já era expectável tendo em conta que agosto é o melhor mês para o turismo português e, precisamente por isso, é também aquele é que mais difícil ter taxas de crescimento fortes, quer por que as taxas de ocupação das unidades já são elevadas quer por que um aumento de 269,5 mil dormidas em agosto significa mais 3,7%, quando mais 206,7 mil em janeiro significou mais 10,7%.

Os treze principais mercados emissores tiveram uma variação global positiva, com o Reino Unido, que representa 22,7% das dormidas dos hóspedes não residentes, cresceu 8,2%, acima do que foi registado em julho (6,8%) e junho (7,8%), mas abaixo do total dos primeiros oito meses (11,3%). O mercado espanhol, pelo contrário, perdeu terreno com uma desaceleração em relação a julho, passando de um crescimento de 11,5% para 1,4%, ao mesmo tempo que reduziu a sua representatividade no turismo nacional para 17,1%, face a uma quota de 18,2% em agosto de 2015