Há menos 55.215 crianças e jovens a receberam abono de família em janeiro face a dezembro do ano passado. Esta redução representa uma quebra de 5% e deve-se à reavaliação dos rendimentos anuais dos pais.
De acordo com as Estatísticas da Segurança Social, 1.045.961 menores receberam o abono de família em janeiro, contra 1.101.174 em dezembro.
Comparando com o período homólogo de 2016, houve menos 55.563 beneficiários a receber esta prestação social, o que representa uma quebra de 5,3%.
No entanto, o Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) explica que “o abono de família tem um comportamento sazonal onde, em dois momentos do ano, se verifica um decréscimo no número de titulares”. Um dos momentos é em janeiro, devido à reavaliação dos rendimentos anuais, e o outro em setembro, devido à renovação da prova escolar.
Por outro lado, esta prestação tem por base a informação associada ao mês de referência (em vez do mês de processamento, como noutras prestações), pelo que o registo do número de titulares “sofre várias oscilações durante o ano e está sempre sujeito a revisão, em particular nestas fases de reduções temporárias” devidas a atrasos na renovação da prova escolar e de rendimentos.
Porto lidera atribuição
Porto é o distrito do país com o maior número de abonos de família atribuídos (142.162), seguindo-se Lisboa (138.778), Braga (61.992) e Setúbal (56.065).
Os dados da Segurança Social, atualizados a 01 de fevereiro, indicam também uma descida de 16,1% nas prestações por parentalidade pagas em janeiro em relação ao mês de dezembro.
Em dezembro beneficiaram destas prestações 34.518 pessoas, menos 6.633 face a dezembro (16,1%) e menos 228 relativamente ao período homólogo de 2016 (0,7%).
Segundo os mesmos dados, este decréscimo é consequência do processamento extraordinário que ocorreu em dezembro e que contabilizou, antecipadamente, pagamentos que, em circunstâncias normais, teriam sido pagos só no mês de janeiro.