Humberto Delgado – o homem por detrás do golpe – entra clandestinamente em Portugal e instala-se numa pensão em Lisboa, preparando-se para encabeçar o movimento que levaria à deposição de Salazar. Posteriormente, faria com que essa sua presença em Portugal fosse considerada uma falha tremenda da polícia política.
Bem pode esperar.
Há civis que se juntam ao golpe. Pelo menos dois são mortos.
As coisas não correm bem, em Beja.
Os reforços que eram esperados, vindos do Algarve, não surgem.
Os militares que defendem o quartel cortam as transmissões e isolam os sublevados.
O major Calapez, segundo comandante do quartel, monta uma resistência feroz. Varela Gomes é gravemente ferido. Calapez luta bravamente, abate vários revoltosos, foge e junta-se às autoridades. A GNR entra em cena.
Humberto Delgado vê-se perante o fracasso da operação. Desiste de se juntar ao golpe e regressa ao exílio.
Também o tenente-coronel Jaime Filipe da Fonseca, sub-secretário de Estado da Defesa se conta entre as vítimas.
É opinião generalizada que o Assalto ao Quartel de Beja se enquadra na série de acções que abalaram o Regime durante esse ano de 1961.
A acção teve tamanho impacto que Mário Soares diria, mais tarde: “Se tivesse corrido bem, o 25 de Abril teria acontecido 15 anos antes”.