Empresas revelam que contratação vai continuar a subir no segundo trimestre

As perpetivas também são animadoras em termos salariais.

Os empregadores portugueses admitem que o nível de contratações vai-se manter entre abril e junho de 2017. Com 12% a prever um aumento, 2% a antecipar uma redução e 81% a considerar que não haverá alterações. A projeção para a criação líquida de emprego situa-se nos 10%. A conclusão é de um estudo realizado pelo ManpowerGroup Employment Outlook Survey.

Os empregadores dos nove setores preveem um crescimento da contratação durante o segundo trimestre de 2017. A melhoria mais significativa é antecipada em finanças, seguros, imobiliário e serviços, setor no qual a projeção para a criação líquida de emprego é de 19%. Já nos setores da restauração e hotelaria e da agricultura, florestas e pescas é projetada uma subida de 16% e 15%, respetivamente. Os empregadores do setor do comércio grossista e retalhista reportam perspetivas de contratação com valores assinaláveis, de 13% e no setor da construção 12%. As perspetivas mais moderadas surgem dos setores da Indústria e público com 2% e 4%, respetivamente.

Em comparação com o primeiro trimestre do ano, as intenções de contratação melhoram em sete dos nove setores. Os empregadores do setor de finanças, seguros, imobiliário e serviços reportam um aumento significativo de 18 pontos percentuais, enquanto a projeção para o setor de fornecimento de eletricidade, gás e água é de uma melhoria de 12 pontos percentuais. No setor da construção, os empregadores reportam um aumento de 10 pontos percentuais, enquanto se prevê uma melhoria de 8 e 7 pontos percentuais respetivamente nos setores de agricultura, florestas e pescas e de comércio grossista e retalhista. Contudo, as perspetivas de contratação decrescem em dois setores, com maior relevância no setor de Ttransportes, logística e comunicações que desce quatro pontos percentuais.

“O Manpower Employment Outlook Survey projeta, para o segundo trimestre de 2017, que continuaremos a assistir a uma tendência positiva no mundo do trabalho em Portugal. A criação líquida de emprego vai aumentar 10%, o que certamente terá um efeito positivo no consumo privado, com impacto direto na economia nacional. Se a esta projeção, juntarmos a análise ao comportamento das taxas de juro comunicadas pelo Banco Central Europeu, podemos esperar que exista um efeito positivo no crescimento do nosso Produto Interno Bruto” refere Nuno Gameiro, Country Manager da ManpowerGroup Portugal.

Os empregadores portugueses antecipam que a contratação prosseguirá em terreno positivo nas três grandes regiões do país, durante o segundo trimestre de 2017. Os empregadores com melhores perspetivas são os do sul, que projetam uma criação líquida de emprego de 12%. Tanto no norte como no centro é antecipado um aumento otimista, de 10% e 9%, respetivamente.

As perpetivas também são animadoras em termos salariais. O estudo acredita que a massa salarial aumente nas quatro categorias referidas durante o segundo trimestre de 2017. Nas grandes e nas médias empresas, as projeções para a criação líquida de emprego apontam para um crescimento sustentado de 18% e de 15%, respetivamente. O aumento será ligeiramente mais moderado nas pequenas empresas, com um crescimento previsto de 9%, e significativamente mais baixo nas Microempresas, embora positivo, com uma projeção para a criação líquida de emprego de 4%.

“Quando comparado com as projeções para o último trimestre, a criação de emprego vai crescer ao dobro da velocidade, e a sazonalidade explica a mudança nos setores que esperam criar mais empregos. De igual modo, é extremamente interessante observar que as grandes empresas são as que mais vão contribuir para o crescimento da criação de emprego líquida, o que pode ser observado como um sinal de confiança no mercado português” conclui o responsável.

Intenção de contratar em 39 países

As conclusões apontam para que, em 39 dos 43 países participantes, a contratação neste segundo trimestre prossiga em terreno positivo. Na generalidade, as oportunidades para quem procura emprego serão muito similares às registadas no início de 2017, com os empregadores na maioria dos países participantes a manifestarem-se satisfeitos em manter ou aumentar ligeiramente as suas massas salariais consoante as dinâmicas dos mercados locais.

Globalmente, as perspetivas de contratação mais fortes chegam de Taiwan (+24%), Japão (+23%), Eslovénia (+22%) e Índia (+18%). Com as piores perspetivas apresentam-se Brasil (-4%), Itália (-2%), Bélgica (0%) e Suiça (0%).

Na região EMEA, as projeções dos empregadores para a criação líquida de emprego prossegue positive em 22 dos 25 países, com Eslovénia (+22%), Hungria (+17%) e Roménia (+16%) a liderar o caminho. Simultaneamente, as previsões são positivas nas Américas, em nove dos dez países participantes e em todos os oito países e territórios da região Ásia-Pacífico.