Theresa May. Atacante nasceu no Reino Unido e já tinha sido investigado pelo MI5

Primeira-ministra britânica revelou ainda que as vítimas do ataque, que aparenta ter sido levado a cabo por “inspiração islamista”, incluíam pessoas de onze nacionalidades

A líder do governo britânico falou hoje aos deputados no parlamento britânico e revelou que o atacante que ontem matou quatro pessoas e feriu outras 40 junto à ponte de acesso a Westminster “nasceu no Reino Unido” e já tinha sido investigado pelos serviços de inteligência britânicos “há alguns anos atrás”, devido a preocupações relacionadas com “extremismo violento”.

Theresa May confirmou ainda as oito detenções em Londres e Birmingham e explicou que as investigações levadas a cabo pelas autoridades policiais e forças antiterrorismo apontam para um “ataque inspirado por ideologia islamista”.

Num discurso que serviu para homenagear as vítimas, a polícia e as forças de segurança, May também quis vincar a garantia de que o Reino Unido não irá sucumbir ao terrorismo e àqueles que “propagam ódio e maldade”. “Não vão derrotar-nos”, afiançou, citada pela BBC.

“A maior resposta [ao terrorismo] não é feita através das palavras dos políticos, mas das ações do dia-a-dia das pessoas normais”, disse a primeira-ministra aos deputados, na Câmara dos Comuns, que contou com a presença e solidariedade do ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Marc Ayrault. “Milhões de pessoas vão continuar a viver as suas vidas. As ruas estão movimentadas como sempre. Os escritórios estão cheios. Os cafés fervilham. E neste momento, milhões de pessoas estão a apanhar comboios e aviões para Londres, e poderão ver, por elas próprias, a melhor cidade do mundo”, acrescentou May.

De acordo com a primeira-ministra, entre as vítimas contam-se cidadãos de onze nacionalidades: britânica, francesa, romena, coreana, grega, alemã, polaca, irlandesa, chinesa, italiana e norte-americana.

O nível de alerta mantém-se “elevado” em todo o Reino Unido, mas a Scotland Yard, baseada nas investigações que tem levado a cabo, não espera uma nova ameaça “iminente” para a população, pelo que, para já, não vê necessidade de alterar o estado de alerta para “crítico”. Para além do mais, a Polícia Metropolitana de Londres já reforçou as ruas da capital britânica.