Macedo. Programa de rescisões na Caixa avança no final de Abril

“As condições de reforma na Caixa são as melhores de toda a banca, as pessoas têm condições para não ficarem maltratadas”.

Uma das prioridades da Caixa é cortar custos e aí Paulo Macedo garante que está a seguir o plano que foi criado e aprovado, lembrando que “se fosse reanalisado poderia abrir um processo que ninguém saberia como acabaria”, refere. Ainda assim, admite que o plano passa “por maior solidez, maior eficiência, maior foco operacional”, acrescentando que conseguiu a “proeza de ser aprovado sem ser considerado ajuda de Estado.

“Haverá coisas que queremos ajustar no plano, mas as grandes linhas assumimo-las. Pensamos que esse plano deve ser executado”, salientou. E dá como garantia a manutenção da redução de pessoal que foi negociada, mas que será feita sobretudo por reformas antecipadas e por rescisões a mútuo acordo que deverá arrancar em abril. “As condições de reforma na Caixa são as melhores de toda a banca, as pessoas têm condições para não ficarem maltratadas. Parece-me que apesar de nunca ser algo muito agradável, parece-me que será exequível fazer desta maneira para minimizar os prejuízos que as pessoas podem ter”, salientou.

Já em relação ao número de balcões, “o objetivo foi fixado desde a primeira hora”, depois de a Caixa ter reduzido menos balcões do que outros bancos durante o plano de ajustamento. Macedo confirma desta forma algumas alterações ao plano que existia, nomeadamente para garantir que haja um balcão por concelho.

Quanto à posição internacional da Caixa, “o que ficou previsto é que a posição internacional seja reduzida significativamente, com maior foco em Portugal, e alienando operações com rentabilidades historicamente negativas, como Espanha, Brasil e África do Sul. Isto porque, segundo o mesmo, o capital obtido com esta alienação é essencial para cumprir os rácios obrigatórios de capital que são cerca de 600 milhões de euros”.

Outra prioridade passa por crescer em crédito, mas aí deixa um alerta: “sem cometer erros do passado e ter uma política de mais rigor”.