PSD aplaude europeísmo e reformismo do novo presidente francês

A necessidade de reformas estruturais e o favorecimento da União Europeia de Emmanuel Macron são destacados pelos sociais-democratas portugueses

"Macron foi assumidamente o candidato europeísta, ao contrário de dirigentes políticos que gostam de justificar os seus fracassos com Bruxelas; algo só mina as instituições europeias. Macron foi o oposto disso desde o início da campanha", aponta Miguel Morgado, o vice-presidente da bancada do PSD com a pasta dos Assuntos Europeus, 

"Nas políticas públicas, também insistiu muito na necessidade de reformas estruturais, o que contrastou com Hollande, em 2012, e com muitos outros nesta Europa. A necessidade de reformas, mas sempre em diálogo e cooperação com os parceiros europeus".

O deputado laranja afirma ainda que o recém-eleito presidente francês "rejeitou sempre uma lógica de conflito e de rotura para forçar essas mudanças na União Europeia", factor que dá como positivo e distinto. 

Do ponto de vista desse europeísmo, Morgado destaca as propostas para o "robustecimento da arquitetura institucional da zona euro", desenvolvendo a União Económica e Monetária.

O Partido Social Democrata, nesse sentido, também vem defendendo propostas para esse quadro nos últimos seis anos. 

O deputado do PSD salientou, em jeito de conclusão, a importância das eleições parlamentares que se seguem, dentro de um mês.

"As legislativas serão importantes para clarificar as condições de governabilidade do presidente-eleito, Macron, e da expressão política da direita republicana. E também até que ponto os extremismos políticos de direita e de esquerda pesarão na relação de poder no parlamento. Por outro lado, estamos perante a iminência da destruição do Partido Socialista Francês e não sabemos as consequências disso…", concluiu, no rescaldo da eleição de Emmanuel Macron, ao SOL.