Passos Coelho pediu desculpas por ter referido a existência de suicídios na sequência da tragédia de Pedrógão Grande. “Pedi desculpa por utilizar informações não confirmadas”, disse o presidente do PSD. “Não quero deixar de dizer que não devia ter utilizado essa informação”, afirmou o líder social-democrata.
Foi o candidato do PSD à Câmara Municipal de Pedrógão Grande – e líder da concelhia local do partido – que deu a informação a Passos Coelho o que levou o presidente do PSD a dizer inicialmente em Castanheira de Pêra ter tido "conhecimento de vítimas indiretas deste processo, de pessoas que puseram termo à vida, em desespero”.
Para o líder da oposição e presidente do PSD, tal era prova de que "o Estado falhou e continua a falhar", na medida em que essas vítimas "não receberam a tempo o apoio psicológico que lhes devia ter sido prestado".
No entanto, depois do Ministério da Saúde e da Administração Regional de Saúde desmentirem oficialmente essas afirmações, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande e candidato do PSD veio assumir que fora ele a induzir Passos Coelho em erro.
"Fui eu que dei ao dr. Passos Coelho uma informação errada. Julguei que a informação era fidedigna e afinal não era", disse João Marques ao Expresso. "Felizmente não se confirma nenhum suicídio, ao contrário do que eu disse ao dr. Passos Coelho. Peço-lhe desculpas públicas por isso", concluiu.
