Assinado memorando entre Montepio e Santa Casa

Com a assinatura deste memorando é cumprida a promessa de Santana Lopes que apontava uma decisão para o final de junho. 

Já foi assinado o memorando de entendimento entre a Associação Mutualista Montepio e a Santa Casa da Misericórdia. 

"Nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 17.º do Regulamento (UE) número 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril de 2014, 248.º do Código dos Valores Mobiliários e na demais regulamentação em vigor, torna-se pública a assinatura de um memorando de entendimento para uma parceria estratégica entre o Montepio Geral – Associação Mutualista e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa", revelou a associação liderada por Tomás Correia. em comunicado.

Com a assinatura deste memorando é cumprida a promessa de Santana Lopes que apontava uma decisão para o final de junho. No início de maio tinha anunciado que tinha pedido estudos a consultoras independentes para avaliar essa operação. A condução do processo estava nas mãos do vice-provedor, Edmundo Martins. 

Já no início deste mês garantiu que a Santa Casa não entraria no Montepio se o risco fosse "incomportável” e também que não iria avançar sozinha, contando para isso com a participação da União das Misericórdias, daí Santana ter estado reunido com Manuel Lemos.

Aliás, nessa altura considerou ser natural a “pressão” que estava a ser  feita para a Santa Casa entrar no capital da instituição financeira, uma vez que a ideia é ter um banco de capital português, além da Caixa Geral de Depósitos, bem como as vantagens de essa instituição ter uma ligação ao setor social e ser sensível às necessidades das pequenas e médias empresas. 

Associação Mutualista injeta capital no banco

Também esta sexta-feira, a associação mutualista subscreveu o aumento do capital institucional da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) no valor de 250 milhões de euros. Com esta operação, eleva assim o capital institucional da CEMG para 2.020 milhões de euros, valor integralmente titulado pela entidade liderada por Tomás Correia. 

“É uma iniciativa leal aos nossos princípios. Ao longo de todos os anos da mais profunda crise financeira das nossas gerações, o Montepio prova a sua solidez, através dos seus próprios meios, sem necessidade de recorrer a ajudas públicas e, portanto, não onerando o contribuinte”. E acrescenta: “a CEMG está dotada dos meios necessários para o desenvolvimento da sua atividade, de forma estável e sólida. O projeto estratégico de transformação da CEMG na instituição financeira nacional da economia social está aberto às instituições sociais que, livremente, nela pretendam participar”, revelou o presidente da associação mutualista.