Tancos. Roubo de armas gera alta tensão

O Presidente convocou o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro para discutir a segurança nacional depois do assalto aos paióis de Tancos. Foi esse o tema central do almoço de quinta-feira entre Marcelo Rebelo de Sousa, Ferro Rodrigues e António Costa, em que os incêndios de Pedrógão foram assunto secundário. Marcelo discutiu com…

O alarme chegou aos aliados externos.  A embaixada dos Estados Unidos em Lisboa reforçou a segurança. E a NATO acompanha a situação a par e passo.

O Presidente  está a recolher informação sobre o ataque ao quartel onde está estacionada a elite militar portuguesa e afirma que só falará publicamente quando «for oportuno». PCP, PSD e CDS já classificaram  a situação como «muito grave» e vieram exigir esclarecimentos. 

O ministro da Defesa mandou abrir um inquérito, mas disse ontem que o caso «não era a maior quebra de segurança do século», uma curiosidade tendo em conta que está a falar das armas de guerra da elite militar portuguesa. Azeredo Lopes – que está na mira das responsabilidades juntamente com as hierarquias militares – optou por sugerir que um atentado terrorista seria muito pior: «Há quebras e falhas de segurança muito superiores. Nem é preciso evocar os trágicos acontecimentos que têm varrido o continente». Quanto às falhas de segurança, endossou as responsabilidades ao Exército. 

Contactado pelo SOL, o general Loureiro dos Santos admite que «toda a estrutura militar fica posta em causa, a começar pelo ministro da Defesa». Apesar de considerar que o roubo das armas não é uma «ameaça iminente» para o país, Loureiro dos Santos classifica a situação como «muito grave por revelar uma vulnerabilidade do nosso sistema defensivo que é preciso investigar e punir».

Leia mais nesta edição do Semanário SOL. Já nas bancas.