GNR nega ter dado instruções para não se usar os carros

Reação surge após o DN ter noticiado que há ordens do Comando Territorial do Porto para que se poupe na utilização de viaturas, recomendando o patrulhamento a pé

A GNR nega ter transmitido qualquer instrução no sentido da não utilização de viaturas e consequente aumento das patrulhas a pé. A posição oficial da Guarda Nacional Republicana surge depois de hoje o "DN" ter noticiado que o Comando Territorial do Porto tinha comunicado às chefias do distrito medidas de contenção muito apertadas, como a diminuição do uso de viaturas. Segundo o jornal tudo tinha por base a falta de cabimento orçamental para o atual "período crítico no que concerne à manutenção de viaturas".

A meio da tarde, fonte oficial esclareceu que "as orientações dadas pelo Comando Territorial foram no sentido de reforçar o cabal cumprimento dos princípios legais e respetivos procedimentos administrativos para a realização de despesa pública".

"O Comando da Guarda não transmitiu qualquer instrução no sentido da não utilização de viaturas para o cumprimento da sua missão, bem como quanto à reparação da mesmas", referem.

A informação avançada pelo "DN" dava ainda conta de que os militares que fizessem comprar ou reparações de carros sem autorização superior poderiam ser obrigados a suportar os custos. A notícia referia ainda uma recomendação para que os veículos fizessem mais cinco mil quilometros sem até mudarem o óleo. Sobre esses assuntos, a GNR não fez qualquer comentário.

A concluir a reação oficial, a Guarda salienta, ainda assim, "que, pese embora o parque automóvel da Guarda ter uma média de idade superior a 10 anos, a operacionalidade das viaturas tem-se mantido na ordem dos 80%, o que se considera de muito positivo, tendo em conta a idade e quilometragem das mesmas".