Esta semana, a Arábia Saudita declarou que as mulheres já têm autorização para conduzir. Esta decisão surge após vários anos de protestos por parte de grupos ativistas e apelos feitos por milhares de pessoas em todo o mundo. Mas sabe o que é que as mulheres deste país ainda não podem fazer?
O site norte-americano CNN fez uma lista com algumas coisas que as mulheres da Arábia Saudita continuam impossibilitadas de fazer. Algumas delas são tão ou mais importantes do que conduzir:
– Casar, divorciar-se, viajar, abrir uma conta bancária, arranjar um emprego ou fazer uma cirurgia estética sem a autorização do marido: ainda existem várias atividades que implicam a existência de um ‘guardião’ do sexo masculino. Caso o pai se encontre doente ou tenha falecido, o marido, o irmão ou um familiar – em alguns casos, até o filho – têm de aprovar cada uma destas ações.
– Conviver com o sexo oposto: em 2013, as autoridades ordenaram que as lojas que empregam homens e mulheres construíssem paredes que separassem as divisões onde os trabalhadores dos dois sexos desempenhavam as suas funções. Existem algumas exceções, como os hospitais e os bancos.
– Sair à rua sem roupas que cubram todo o corpo: o objetivo destas vestes é, de acordo com as autoridades, proteger as mulheres.
– Ter certos negócios sem um parceiro do sexo masculino: Muitas vezes, as mulheres que querem abrir um negócio têm de pedir a pelo menos dois homens que testemunhem a seu favor, defendendo o seu caráter. Só assim terão direito a um empréstimo ou a uma licença.
– Ficar com a custódia dos filhos após um divórcio: isto para o caso de se tratarem de meninos com mais de sete anos e meninas com mais de nove.
– Pedir um documento de identificação ou um passaporte: preciso da autorização do seu ‘guardião’.
– Frequentar restaurantes que não tenham uma área separada designada ‘zona para famílias’: a maioria dos restaurantes tem estas áreas, separando as famílias das zonas exclusivas para homens. Para além disso, as mulheres entram no estabelecimento por uma porta diferente – trata-se, normalmente, de uma entrada lateral.
– Ter uma audição justa em tribunal: neste país “o testemunho de um homem é igual ao de duas mulheres”. Estas são equiparadas a menores de idade.
– Ter direito a uma herança igual à de um homem: a lei diz que as filhas recebem metade do que os seus irmãos.