O mapeamento do sistema europeu de informação sobre incêndios florestais (EFFIS) estima que terão ardido mais de 70 mil hectares entre sábado e esta segunda-feira. Segundo a Proteção Civil, que ainda não fez um balanço final sobre a tragédia humana das últimas horas, domingo foi o dia com mais fogos do ano – 523. Não há ainda uma previsão nacional sobre a área afetada, mas os dados do EFFIS permitem uma primeira indicação. E mostram também que em Espanha, que também está a ser assolada pelo fogo, terá sido afetada uma área muito menor.
Os números do EFFIS nunca são exatamente iguais ao mapeamento final que é feito a posteriori pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas. Ainda assim, a informação atualizada entre ontem e hoje revela que terão ardido mais de 11 mil hectares na zona do Pinhal Litoral, mais de 13 mil hectares no Pinhal Interior Norte, perto de 6000 hectares no Pinhal Interior Sul e uma área de mais de 16 mil hectares na zona da Serra da Estrela. É no distrito de Viseu, nesta zona do país, que a Proteção Civil contabiliza até ao momento o maior número de vítimas mortais.
Em Espanha, fazendo uma pesquisa pelo mesmo período – área ardida no fim de semana e atualizada entre ontem e hoje – é possível apurar cerca de 10 mil hectares afetados.
De acordo com o último balanço do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, entre 1 de janeiro e 30 de setembro tinham ardido 215.988 hectares de espaços florestais no país. Falta contabilizar o mês de outubro, que poderá assim colocar 2017, o ano mais trágico de sempre em perdas de vidas, junto dos piores anos em termos de área ardida. Em 2003 arderam perto de 426 mil hectares e em 2005 339 mil hectares.
