Compra Media Capital. Altice critica declarações da NOS

 A operadora volta a garantir que respeita “a regulação e aguarda serenamente a decisão da autoridade da concorrência”.

A Altice criticou a declaração da NOS que ontem se mostrou satisfeita com o sentido do parecer dos serviços técnicos do regulador dos media ERC, que era desfavorável à compra da Media Capital pela Altice, mostrando "perplexidade" pelo voto do presidente, Carlos Magno que que permitiu que a compra da TVI pela concorrente Meo avançasse para a fase final.

“O comportamento  do referido operador para com os reguladores. Depois de uma série de entrevistas dadas cirurgicamente antes da decisão da ERC, a oportunas fugas de informação sobre pretensos relatórios globais inexistentes, a concorrência da Altice tudo tentou para condicionar a decisão do regulador quanto ao negócio Altice Media Capital”, revela em comunicado.

 A operadora diz ainda que, quando se julgava que o processo seguisse o seu caminho legal voltam a surgir movimentos de pressão. Um comportamento que, no entender da empresa, é “inadmissível num mercado maduro de um país europeu e num acto de total desrespeito por quem emite uma opinião fundado daquilo que é a sua crença na legalidade processual, a NOS vem tecer afirmações sobre a decisão da ERC que mostram bem que quem está habituado a controlar os mercados em que actua não aceita a livre concorrência como regra do jogo”.

 A Altice vai mais longe e acusa a NOS de atacar a concorrência depois de não ter chegado a acordo de parceria estratégica com outro grupo de media ou por não entender ser interessante financeiramente adquirir a Media Capital. “A NOS refugia-se agora em ataques demonstrativos de total falta de respeito pelo regulador que em países como Israel, a França ou os Estados Unidos – países em que a Altice actua e onde é bem acolhida pela regulação – teriam certamente consequências relevantes.

 A operadora volta a garantir que respeita “a regulação e aguarda serenamente a decisão da autoridade da concorrência”, acrescentando ainda que “quem, num total desrespeito pelas decisões dos reguladores as critica quando lhe não são favoráveis é que coloca em perigo a democracia e o livre acesso dos consumidores ao mercado”.