Golfe. Pedro Figueiredo iguala Ricardo Santos com 3 títulos em 2017

O jogador do Sport Lisboa e Benfica fez a ‘dobradinha’, ao vencer o Open e o Pro-Am, no Guardian Bom Sucesso Golf, um campo ‘fétiche’ para o antigo campeão nacional. 

Pedro Figueiredo igualou Ricardo Santos com 3 títulos conquistados no ano civil de 2017, sendo ambos os golfistas profissionais portugueses com mais vitórias alcançadas desde o dia 1 de janeiro.
 
“Figgy” venceu o Open da Final do Circuito PT Empresas, de 7.515 euros em prémios monetários, integrado no PGA Portugal Tour, o circuito profissional português.
 
Esse troféu juntou-se aos obtidos em fevereiro no Morgado Classic e em abril no Guardian Bom Sucesso Grand Final, ambos eventos do Portugal Pro Golf Tour, um circuito internacional.
 
O atleta do Sport Lisboa e Benfica fez a sempre apetecível “dobradinha”, uma vez que para além do sucesso no Open, arrecadou também o 1º lugar no Pro-Am da Final do Circuito PT Empresas, ao lado do amador espanhol Sergio Garcia… não obviamente o famoso campeão do Masters em Augusta, mas um residente em Portugal, que tem ainda o apelido de Leanizbarrutia.
 
Na competição individual, Pedro Figueiredo totalizou 129 pancadas, 15 abaixo do Par do campo do Guardian Bom Sucesso Golf, em Óbidos, após voltas de 62 e 67, recebendo um prémio de mil euros.
 
O 2º classificado, a 4 pancadas de distância, foi Hugo Santos, com o resultado de 133 (67+66), -11. Pertenceu-lhe a melhor segunda volta do torneio e embolsou 800 euros.
 
No Pro-Am, reuniram-se os amadores que ao longo do ano se foram apurando para esta Final e, ao contrário do que é habitual noutros Pro-Am, cada equipa foi constituída apenas por dois amadores e cada amador teve o privilégio de jogar dois dias seguidos com o mesmo profissional.
 
Nesta classificação coletiva, o profissional do Quinta do Peru Golf & Country Club emparceirou com o espanhol Sergio Garcia Leanizbarrutia e totalizaram 123 pancadas, com voltas de 61 e 62, tendo-se jogado no sistema de “fourball medal net”.
 
Os campeões bateram por 1 única pancada o “rei” dos Pro-Am em Portugal, João Carlota, associado à amadora Barbara Polzot, a formação que liderava aos 18 buracos e que concluiu os 36 buracos com o resultado de 124 (59+65).
 
«É sempre bom regressar às vitórias. Tive algumas oportunidades a meio da época, no Pro Golf Tour, mas não consegui nenhuma. Sabe sempre bem ganhar», disse Pedro Figueiredo ao Gabinete de Imprensa da PGA de Portugal, referindo-se ao facto de este ser o seu primeiro triunfo desde abril.
 
Entre janeiro e setembro de 2017 o campeão nacional de 2013 também competiu no Pro Golf Tour, uma das terceiras divisões do golfe profissional europeu, e viveu uma época muito boa.
 
Competiu em 21 torneios, alcançou 13 top-10, entre os quais três 2º lugares e dois 3º lugares. Fechou a temporada no 4º posto da Ordem de Mérito e com isso ascendeu ao Challenge Tour, a segunda divisão europeia, na qual irá competir em 2018.
 
O presidente da PGA de Portugal, José Correia, não poderia estar mais contente: «O Pedro está a passar por um excelente momento de forma. Esta época foi, sem dúvida, uma afirmação da sua qualidade como profissional de competição. A dupla vitória no Circuito PT Empresas confirma isso mesmo. É garantido que o “Figgy” irá competir no Challenge Tour em 2018, contudo, ainda poderá chegar ao European Tour (primeira divisão europeia) através da Escola de Qualificação, cuja Segunda Fase começa no próximo dia 3, em Espanha. Seria a cereja no topo do bolo vê-lo jogar para o ano no European Tour, ao lado do seu amigo de sempre, o Ricardo Melo Gouveia».
 
A boa forma de Pedro Figueiredo vê-se pelo resultado de 15 abaixo do Par com que terminou o Open da Final do Circuito PT Empresas, como o próprio jogador de 26 anos fez questão de sublinhar ao site especializado “GolfTattoo”: «Nunca tinha feito -10 numa volta (62 pancadas no primeiro dia), nem -15 em duas. As condições estavam perfeitas, não houve vento, mas não deixou de ser excelente».
 
Claro que o Guardian Bom Sucesso Golf é um dos traçados preferidos do profissional da Navigator. Em abril tinha ganho nesse mesmo percurso a Final do Portugal Pro Golf Tour, também com o bom resultado de 7 pancadas abaixo do Par, após voltas de 70, 68 e 71.
 
«Dou-me bem com o campo. Não é muito comprido, proporciona bastantes wedges ao green, o que me favorece, pois é um dos meus pontos fortes», explicou ao Gabinete de Imprensa da PGA de Portugal.
 
Sobre a outra vitória, a do Pro-Am, o benfiquista elogiou o seu parceiro amador: «Ajudou-me bastante, sobretudo no segundo dia, fez uma grande segunda volta e sem a ajuda dele não teríamos conseguido a vitória».
 
«Gostei deste formato, acho que interagimos mais com o nosso amador e existe mais química de equipa do que quando são três amadores e um profissional», acrescentou.
 
Recorde-se que é a segunda vez que a PGA de Portugal experimenta este formato especial de equipas de dois jogadores, de um profissional e um amador.
 
Foi em 2013 que se inovou, com o Oeste PGA Open, ganho por Tiago Cruz mas com Pedro Figueiredo em 2º lugar, enquanto na classificação coletiva o título foi para Vítor Lopes e Eduardo Gradiz.
 
O presidente da PGA de Portugal considera positivo o balanço do Circuito PT Empresas de 2017, que agora chegou ao fim: «Estamos muitíssimo satisfeitos com o Circuito PT Empresas. Um dos objetivos passava por proporcionar uma experiência de golfe única aos convidados e sem dúvida que isso foi alcançado. Os nossos profissionais estiveram em grande nível e sete deles concluíram os dois dias de prova abaixo do Par».
 
«Esta parceria com a PT Empresas vem reforçar a qualidade do PGA Portugal Tour e estamos muito honrados pelo voto de confiança que nos foi dado», concluiu José Correia.
 
Encerrou-se, assim, o PGA Portugal Tour de 2017, mas a competição não acabou para os profissionais portugueses e até ao final do ano haverá ainda seis torneios do circuito internacional Portugal Pro Golf Tour.
 
No somatório de todos os circuitos, os jogadores profissionais portugueses com títulos conquistados em 2017 são: Pedro Figueiredo e Ricardo Santos com 3, Tiago Cruz com 2 e com 1 um grupo extenso de oito (Ricardo Melo Gouveia, Filipe Lima, Stephen Ferreira, Tiago Rodrigues, Hugo Santos, Tomás Silva, Susana Ribeiro e Elídio Costa).