Ministro do Ambiente: “Água não faltará nas torneiras dos portugueses”

O Governo vai aumentar para quase 100 os camiões-cisterna para a ajuda à região de Viseu

O Governo vai enviar mais 45 camiões-cisterna diariamente para descarregar água bruta na Albufeira de Fagilde, numa tentativa de enfrentar a seca que atinge quatro concelhos do distrito de Viseu. O anúncio foi feito este sábado pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. "Neste momento, já temos no terreno 51 camiões-cisterna a transportar água tratada, proveniente de outras estações de tratamento de água que se encontram a norte e a sul deste território. Porque sentimos que temos de ir além desta operação, em conjunto com a ANPC [Autoridade Nacional de Proteção Civil], conseguimos ter aqui 45 camiões para passar a transportar água bruta", revelou o ministro, após uma reunião que decorreu esta tarde em Mangualde.

Segundo o representante do Governo, esta operação arranca às 7 horas da manhã deste domingo, depois de alguns testes terem sido feitos durante o dia de hoje. "A água vai ser tirada da Albufeira da Aguieira, que tem uma capacidade muito maior, e trazida diretamente para a Albufeira de Fagilde. Essa água é depois tratada na própria ETA de Fagilde e entra nos sistemas para poder abastecer estes quatro concelhos", explicou João Matos Fernandes. "Em água tratada estamos a falar de aproximadamente 5 mil metros cúbicos (m3)", acrescentou.

Inicialmente, tinha sido anunciada uma verba de 250 mil euros, para que os quatro municípios pudessem fazer face às despesas relacionadas com o transporte de água. Posteriormente, o Governo já disponibilizou mais 250 mil euros para apoiar uma iniciativa da Águas de Portugal, que veio reforçar o transporte diário, em camiões-cisterna. Apesar do reforço de transporte de água bruta hoje anunciado, o ministro do Ambiente garante água para todos os portugueses: "Não temos dúvida de que o compromisso que o governo assumiu no verão, de que a água não faltaria nas torneiras dos portugueses, vai ser honrado e cumprido." Ainda assim, deixa um alerta aos portugueses: "Poupem água, consumam a menor quantidade possível, agora e no futuro que é sempre incerto."