Marcelo admite que hipóteses do Porto acolher EMA eram “muito limitadas”

Presidente da República já reagiu à eliminação da Invicta

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou esta segunda-feira a eliminação do Porto da corrida ao lugar que iria receber a futura sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA), considerando que era uma candidatura “muito bem apresentada”, mas que tinha hipóteses “muito limitadas”.

"Eu acho que a candidatura foi muito bem apresentada, mas as hipóteses, sempre achei que eram muito limitadas", disse Marcelo à saída da conferência 'O poder da Educação na conquista da Igualdade', que decorreu na Gulbenkian, em Lisboa.

O Presidente da República diz que o Governo "fez o que podia e devia ter feito no quadro existente, mas sabendo que havia grandes limitações". "Porque havia equilíbrios e que se tornaram mais evidentes pela saída de outras candidaturas que podiam ter feito uma dispersão de votos", acrescentou.

Marcelo disse ainda que acredita que se Lisboa tivesse sido a candidata, o desfecho seria igual, pois "havia equilíbrios no quadro europeu em relação às várias agências que tornavam muitíssimo difícil à partida, quer para Lisboa quer para o Porto, a vitória".

"Mas, fez-se o que se devia fazer. Não deu, não deu. Não é uma desilusão porque também nunca tive expectativas excessivas".

Recorde-se que a cidade do Porto foi esta segunda-feira excluída da votação no Conselho da União Europeia para escolher a futura sede da EMA, que sairá do Reino Unido devido ao Brexit. O Porto foi a sétima cidade mais votada, com 10 votos, a par de Atenas (Grécia). À sua frente ficaram Estocolmo (Suécia) com 12 votos, Barcelona (Espanha) com 13, Bratislava (Eslováquia) com 15, Copenhaga (Dinamarca) e Amesterdão (Holanda) ambas com 20 e Milão (Itália) com 25.

Atrás do Porto ficaram Bona (Alemanha), Lille (França) e Sófia (3 votos), Viena (4), Bruxelas e Helsínquia (5 votos); Bucareste e Varsóvia (7 votos).