O ISCTE vai eleger novo reitor no início de fevereiro. Mas este é um processo que promete, desde já, gerar polémica. Pelos candidatos. O prazo para formalizar as candidaturas termina dia 4 de janeiro, mas há já dois professores que estão a preparar o programa e a recolher apoios entre os corredores do ISCTE para avançarem na corrida à reitoria, contaram ao SOLvários professores daquela instituição.
Uma das candidatas será a ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, que se recusou a ser avaliada pelo seu desempenho, entre 2014 e 2016, enquanto professora daquela instituição de ensino superior, que acabou mesmo por ‘chumbá-la’. Entre os argumentos de Maria de Lurdes Rodrigues para a recusa de se sujeitar à avaliação estão problemas de saúde e a falta de tempo para preencher o formulário online, que é exigido a todos os professores.
Intenção por confirmar
Mas a classificação como ‘inadequada’ não impede Maria de Lurdes Rodrigues de se preparar para apresentar a candidatura a reitora da mesma instituição de ensino superior onde se recusou a ser avaliada.
Ao SOL, Maria de Lurdes Rodrigues não confirma a intenção de concorrer a reitora, frisando que não tem nada para dizer sobre este assunto.
No entanto, vários professores do ISCTErelatam que Maria de Lurdes Rodrigues já está a organizar mini-reuniões para auscultar apoios e nas quais se fala também de medidas que podem constar do seu programa como futura candidata.
O outro candidato será Nuno Guimarães, atual vice-reitor para a Internacionalização e E-Learning, que é visto como ‘delfim’ do atual reitor Luís Reto.
Guimarães foi presidente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, entre 2003 e 2009, e nesse período foi multado pelo Tribunal de Contas em 3.060 euros por infrações financeiras, praticadas em 2008.
Contactado pelo SOL, Nuno Guimarães assume que «está a pensar» em avançar como candidato, apesar de «ainda não ser oficial». Mas o professor diz que internamente manifestou «interesse» em candidatar-se, estando em processo de «elaboração do programa» e das suas «ideias» para que sejam entregues no próximo dia 4 de janeiro.
O prazo para apresentar as candidaturas a reitor terminam dentro de duas semanas. O mandato é de quatro anos e a eleição será realizada no dia 9 de fevereiro, em reunião do Conselho Geral – órgão máximo das instituições de ensino superior e a quem compete supervisionar o processo eleitoral e eleger o reitor –, presidido pelo ex-ministro da Educação Júlio Pedrosa. Um dia antes, a 8 de fevereiro, os candidatos estarão sujeitos a uma audição pública.
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