China. Macron encoraja Europa a participar na nova Rota da Seda

Na primeira visita oficial à Ásia, chefe de Estado gaulês defende colaboração contra  alterações do clima

O presidente de França encoraja a Europa a fazer parte da nova Rota da Seda, apesar de algumas dúvidas europeias sobre o grande projeto da China. Emmanuel Macron defende ainda uma colaboração sino-europeia no combate às alterações climatéricas. 

“Os nossos destinos estão ligados”, disse Emmanuel Macron num discurso em Xian, cidade do norte da China que é o ponto de partida da nova Rota da Seda. “O futuro precisa da França, Europa e China”, afirmou, acrescentando que viajará à China “pelo menos uma vez por ano”. O líder francês iniciou ontem uma visita oficial de três dias ao país. 

 A iniciativa “Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI”, poder  abranger 65 países e 4400 milhões de pessoas (60% da população mundial). 

Este projeto do presidente Xi Jinping para ligar a Ásia e a Europa por estrada, ferrovia e mar é central para o líder chinês mais poderoso dos últimos tempos expandir o poder e influência económica e geopolítica da China. 

A iniciativa tem provocado interesse, mas também alguma ansiedade, uma vez que na Europa é olhado por muitos como expansionismo de Pequim. Mas, segundo Macron, em entrevista ao “china.org.cn”, é muito importante “para a Europa e para a China fortalecerem a sua colaboração nesta inciativa”

Diplomacia A primeira vista oficial do chefe de Estado gaulês  à Ásia tem como objetivo  uma “parceria estratégica” com Pequim em vários temas, como as alterações climatéricas,.

Macron disse que falaria com Xi sobre o “relançamento da batalha climatérica” com a preparação de novos compromissos para combater o aquecimento global e elogiou a China, o principal poluidor mundial, por se comprometer com o Acordo de Paris depois do presidente dos EUA ter anunciado a sua retirada. 

“A China manteve a sua paalvra”, afirmou. “Demonstrou o seu grande sentido de responsabilidade”. A cooperação vai “mostrar ao mundo que os franceses e chineses são capazes de fazer o nosso mundo grande e lindo outra vez”, disse Macron, em mandarim.