Woody Allen. A polémica explicada em seis datas

A recente entrevista à CBS da filha adotiva do realizador com Mia Farrow, Dylan, veio reacender a polémica que se arrasta há mais de 25 anos, que o i resume numa cronologia.

1991 

Woody Allen adota os dois filhos adotivos de Mia Farrow – Dylan, de 7 anos, e Moses, de 13 – depois de Farrow, que mantinha uma relação de mais de dez anos com o realizador, apesar de viverem em casas separadas (em lados opostos do Central Park, em Nova Iorque), ter dito em tribunal que ele era um pai exemplar 

1992 

Em janeiro, numa visita à casa de Allen, Farrow descobre um conjunto de fotografias explícitas tiradas a Soon-Yi, de 21 anos (filha adotiva de Farrow com o seu ex-marido, André Previn), e decide separar-se. Em meados de agosto processa o realizador depois de ter gravado um vídeo de Dylan a acusá-lo de a ter molestado, numa visita à casa de Farrow, nesse mês 

1993

Ao fim de sete meses de inquérito, em março, uma equipa de peritos em abusos infantis do Hospital de Yale-New Haven conclui que Dylan não foi molestada. Mais tarde, ao “NYT”, o médico que liderou a equipa disse que, a não serem fruto da imaginação de Dylan, as acusações tinham sido “plantadas” na sua cabeça pela mãe. Em setembro, o procurador Frank Maco admite que há indícios contra Allen, mas não dá seguimento a um mandado de prisão emitido pela polícia por considerar que isso traumatizaria Dylan 

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1994

Allen perde o recurso pela custódia de Dylan, num processo que corria nos tribunais desde 1993  1997 Woody Allen casa-se com Soon-Yi em Veneza 

2013

Dylan comenta pela primeira vez o caso, à “Vanity Fair”, dizendo que nunca lhe foi pedido que testemunhasse 

2014

Já com 29 anos, Dylan publica uma carta aberta num blogue de Nicholas Kristof no “NYT”, em que diz: “Woody Allen é uma prova viva de como a nossa sociedade falha aos sobreviventes de assédio e abusos sexuais.” Allen reage dizendo que as alegações são “falsas e vergonhosas”