CDS-PP. Assunção Cristas quer geringonça à direita

Líder centrista diz que ministro das Finanças “merece uma nota muito negativa”

“Em 2019 não se discute já quem fica em primeiro lugar, em 2019 não se discute já quem é que pode ou não governar porque ficou em primeiro lugar. Isso era antes, antes de 2015. Em 2019, o que se vai discutir é quem é que consegue ter um bloco de apoio no parlamento de 116 deputados”, disse este fim de semana Assunção Cristas, em Vila Nova de Famalicão. “Houve alguém que perdeu as eleições e está a governar, e governará até ao fim com a ajuda das esquerdas unidas, disso não tenho dúvidas. Mas esse alguém também poderá ver um dia o filme virar. E o filme virará quando. no centro-direita, nós tivermos 116 deputados”, acrescentou a líder do CDS-PP, numa defesa clara de um acordo de poder à direita que mimetize a geringonça de esquerda.

Entretanto, ontem, sem se alongar muito na questão das buscas ao Ministério das Finanças por causa da questão dos bilhetes do Benfica e da isenção de IMI, Cristas não se coibiu de afirmar que as repercussões internacionais que o caso está a ter internacionalmente, devido à posição de Mário Centeno como presidente do Eurogrupo, não são as melhores para o país: “Impactos positivos, não terão”, disse. Até porque, de acordo com uma notícia do jornal “ECO”, o aumento do investimento em Portugal ficou 850 milhões de euros aquém do prometido por Centeno e, por isso, o ministro das Finanças já “merece uma nota muito negativa”.