Mais de 80% das casas vendem-se em menos de seis meses

No que diz respeito às tipologias mais vendidas, mais de metade (61%) recaiu sobre os T1 e T2, seguindo-se os T3 no topo das preferências dos portugueses com 31% das transações efetuadas.

Mais de 80% dos imóveis transacionaram-se em menos de seis meses, "uma rapidez que confirma o bom momento do mercado", revela a APEMIP que diz ainda que "o setor imobiliário português vive um dinamismo que há muito não se verificava, sobretudo no que diz respeito ao segmento habitacional", de acordo com os dados divulgados no barómetro imobiliário da  associação, relativo ao mês de dezembro. 

“É absolutamente fabuloso assistir a esta dinâmica, sobretudo quando comparada com aquela que existia há cerca de dois/três anos, em que os ativos em carteira levavam até dois anos a ser transacionados”, lembra o Luís Lima, Presidente da APEMIP, .

Neste levantamento feito pelo Gabinete de Estudos da APEMIP, revelam-se também as tendências do mercado nomeadamente no que diz respeito aos valores de venda de ativos. Cerca de 55,6% das vendas foi de imóveis de preço até 175 mil euros, valores que, nas palavras do representante das imobiliárias “espelham o grosso das vendas feitas no mercado doméstico”.

Já no que diz respeito às tipologias mais vendidas, mais de metade (61%) recaiu sobre os T1 e T2, seguindo-se os T3 no topo das preferências dos portugueses com 31% das transações efetuadas.

Para Luís Lima, este é um bom indicador daquilo que é o grosso da procura das famílias, informação que pode e deve ser tida em conta logo que haja o desejado regresso à construção nova.

“ A grande dificuldade, e portanto o grande desafio do sector imobiliário em Portugal é a ausência de stock imobiliário nas cidades, que é o principal factor para o acentuo de preços que se tem verificado no mercado. A oferta é cada vez menor, e não dá resposta às necessidades da procura, pelo que o regresso à construção nova começa a ser inevitável. Caso contrário, os problemas habitacionais acentuar-se-ão ainda mais. Ao construirmos novo, estaremos a criar vantagens para as famílias, que encontrarão no mercado ativos à medida das suas possibilidades; para as imobiliárias, que terão mais produto para comercializar e para suprir as necessidades dos seus clientes; para a banca, que garantirá dividendos por via do financiamento ao investimento e por via do crédito à habitação; para as construtoras, que voltarão ao ativo criando mais emprego; e para o próprio mercado imobiliário que tem necessidade de aliviar os preços e de dar resposta às necessidades habitacionais”, esclarece o Presidente da APEMIP.