A ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues é a nova reitora do ISCTE, tendo sido eleita hoje em Conselho Geral com 22 votos.
É a primeira mulher a assumir os comandos da reitoria do ISCTE, com um mandato até 2022, e a quarta mulher reitora de uma instituição de ensino superior pública em Portugal. A primeira foi Maria José Tavares que foi reitora da Universidade Aberta entre 1998 e 2002 e, nesse mesmo ano foi eleita a segunda mulher reitora em Portugal: Maria Helena Nazaré que foi reitora da Universidade de Aveiro entre 2002 e 2010. A terceira é a atual reitora da Universidade de Évora, Ana Maria Costa Freitas, cujo mandato termina este ano.
A reunião do Conselho Geral do ISCTE – órgão máximo da instituição – ainda está a decorrer mas a votação para eleger o próximo reitor já decorreu. Na corrida estava ainda Nuno Guimarães, atual vice-retor para a Internacionalização e E-Learning, visto como ‘delfim’ do reitor Luís Reto, que recolheu 10 votos. Nuno Guimarães é o responsável por uma unidade de investigação onde se verificou haver má gestão de dinheiros, lesando o ISCTE, de acordo com um relatório internao a que o SOL teve acesso.
Os outros dois candidatos, Gustavo Cardoso e Cláudio Starec tiveram 1 voto e zero votos, respetivamente.
O SOL tentou contactar Maria de Lurdes Rodri Maria de Lurdes Rodrigues mas ainda não foi possível. Mas, quando anunciou a sua candidatura a ex-ministra justificou a sua decisão para «uma demonstração da vitalidade da instituição» e para «dar uma oportunidade à promoção da igualdade de género».
Isto porque, sublinhou a ex-ministra, «em toda sua história, nunca o ISCTE-IUL foi presidido por mulheres e, nos últimos 12 anos, nenhuma mulher ocupou os cargos de reitora, de vice-reitora» ou de outros cargos de direção da instituição, lê-se no post da sua página de Facebook.
Recorde-se que Maria de Lurdes Rodrigues recusou-se a ser avaliada pelo seu desempenho decente, entre 2014 e 2016, e acabou mesmo por ser ‘chumbada’. Entre os argumentos de Maria de Lurdes Rodrigues para a recusa de se sujeitar à avaliação estão problemas de saúde e a falta de tempo para preencher o formulário online, que é exigido a todos os professores do ISCTE.