Robles vota contra a suspensão da linha circular no metro

Depois de criticar o projeto durante a campanha eleitoral, o vereador do Bloco de Esquerda juntou-se ao PS para viabilizar a construção

Ricardo Robles foi duramente criticado, não só pelo PCP, como também pela comissão de trabalhadores do metro de Lisboa. Em causa está a votação ao lado do PS contra a proposta dos comunistas para a suspensão do projeto da criação de uma linha circular  ligando o Rato (estação terminal da linha amarela) ao Cais do Sodré (estação terminal da linha verde), criando duas estações, uma na Estrela e uma em Santos.

A proposta juntou os votos a favor do CDS, PSD e PCP mas acabou por ser reprovada pelos votos contras do PS e Bloco de Esquerda.

No entanto, as críticas ao vereador bloquista prendem-se com a posição que assumiu durante a campanha eleitoral, e mesmo depois de ter sido eleito. Ricardo Robles foi bastante duro quando se referia ao projeto. Numa entrevista dada ao Diário de Notícias a 1 de novembro, Robles apelidava a proposta de "um erro, porque fecha a Linha Amarela na Linha Verde". "Não chega onde devia, como Alcântara, Ajuda, Belém", continuou afirmando que os bloquistas defendem "que o metro tem de se expandir para chegar a utentes que estão alheados deste transporte".

Ao jornal online O Corvo, Ricardo Robles garantiu que continuam "a achar o mesmo". "O que dizíamos antes é que era um erro absurdo fazer a linha circular, abandonando uma zona da cidade tão importante, como é a parte ocidental", afirmou o vereador.

"Podemos realizar estas grandes obras por fases, como é natural, não tem de ser tudo de uma só vez. O importante é que o governo decida no sentido de haver cabimento orçamental para se avançar", acrescentou justificando a sua votação.