Fantasporto. E o terror continua

Arranca hoje no Rivoli, no Porto,  a 38.ª edição do festival dirigido por Mário Dorminsky. Com os apoios estatais mais baixos de sempre 

Marrowbone, de Sérgio G. Sanchez

O realizador das Astúrias regressa ao festival que em 2002 distinguiu o seu filme de estreia (“7337”, produzida por J. A. Bayona, de “O Labirinto do Fauno”) com o prémio de melhor curta com “Marrowbone”, a sua primeira longa-metragem. Filme que fará as honras de abertura do festival e que conta a história é a de quatro irmãos que se apercebem de uma presença “sinistra” em sua casa, um grande palacete. Depois de ter viajado até aos festivais de Toronto e de San Sebastián, “Marrowbone” esteve em Espanha nomeado para os Goya, na categoria de melhor novo realizador, e terá distribuição comercial nas salas portuguesas.

Hoje, às 21h15, no Grande Auditório do Rivoli

Ajin: Demi-Human, de Katsuyuki Motohiro

Em antestreia nacional, uma das mais recentes produções da japonesa Toho. Com realização de Katsuyuki Motohiro (“Satorare” e “Psycho-Pass”), “Ajin: Demi-Human” é uma história fantástica sobre humanos que não morrem em forma de filme de ação, a questionar os limites do poder daqueles, julgando-o ilimitado, agem sem temer consequências. No meio disto, Ajin será então um estudante do secundário que, depois de descobrir que é um semi-humano, embarca numa fuga por causa dos seus poderes.

Amanhã., às 21h15, no Grande Auditório do Rivoli

A Comédia Divina, de Toni Venturi

Do realizador de “Cabra-Cega” (2004) e de “Latitude Zero” (2001), do Brasil chega ao Fantasporto em estreia internacional esta “Comédia Divina”, em que, preocupado com o descrédito em que caiu, o Diabo em pessoa sobe à Terra para abrir uma igreja que desorganizará a humanidade por completo. Pelo meio desta história escrita por José Roberto Torero a partir de um conto de Machado de Assis e com produção da Globo Filmes, há ainda, para desespero do Diabo (Murilo Rosa), de aparecer Deus, que afinal é mulher, e uma mulher negra (Zézé Mota).

Dia 22., às 17h15, no Grande Auditório do Rivoli

True Fiction, de Jin-Mook Kim

Em festival de fantástico e de terror, cinema coreano não pode nunca faltar. E de Jin-Mook Kim, “True Fiction” é um dos filmes que fazem parte da programação deste ano. Uma história de violência e prepotência centrada na personagem de um jovem político que, com a proteção de um poderoso senador, ambiciona chegar ao poder. A promessa é de corrupção que baste, já se adivinha, e também jogo sujo que baste, além de uma série de alianças inesperadas num enredo que, palavras dos programadores será digno de comparação com “Fargo”.

Dia 27, às 19h00, no Grande Auditório do Rivoli

Al Asleyeen, de Marwan Hamed

Do egípcio Marwan Hamed, uma superprodução para a história de Samir (Maged El Kedwany, que integrou o elenco de filmes como “Cairo 678”, de Mohamed Diab), um bancário que depois de ser despedido se vê obrigado a agir contra si próprio. Numa sociedade, para o bem como para o mal, completamente dominada pela tecnologia, a escolha far-se-á então entre Deus ou um Big Brother, para uma “fábula política” e atual a que não faltará uma boa dose de drama.

Dia 28, às 19h00, no Grande Aud. do Rivo