Bruxelas considera preço real das casas em Portugal “subvalorizado”

Caso o ritmo de crescimento se mantenha, a Comissão Europeia recomenda uma monitorização mais próxima deste indicador

A Comissão Europeia (CE) considerou que a recuperação dos preços das casas em Portugal em 2016 e 2017 corresponde a “uma correção de valores anteriormente baixos”, o que poderá afetar a procura interna num mercado que está em alta e no qual o preço médio por metro quadrado subiu quase 2% no final do ano passado. 

No relatório sobre Portugal, divulgado ontem no âmbito do “pacote de inverno do semestre europeu”, Bruxelas considera que os “riscos ligados ao dinamismo renovado no setor habitacional parecem estar controlados atualmente”. No entanto, alerta o executivo comunitário, se o atual ritmo acelerado do crescimento do preço real das casas em Portugal se mantiver a médio prazo será necessária uma monitorização mais próxima deste indicador. 

Para a CE, o aumento de preços das casas foi, “principalmente, restrito às áreas turísticas”, já que, no geral, os valores no setor da habitação “ainda estão a recuperar da queda da crise”. De acordo com o relatório da Comissão, a “concentração de aumento de preços nas áreas turísticas, incluindo projetos de transformação de propriedades residenciais em instalações de alojamento, sugere que o mercado imobiliário é atualmente impulsionado, principalmente, por procura externa e investimentos relacionados com o turismo”.

O mercado imobiliário português está ao rubro. As mediadoras bateram recordes de vendas e também de faturação, refletindo a dinâmica a que se assiste no setor. Trata-se do reflexo da melhoria da economia, mas também da maior facilidade de acesso ao financiamento junto da banca e da procura cada vez maior por parte dos cidadãos estrangeiros. E os números falam por si: as três maiores imobiliárias – Remax, Era e Century 21 – venderam mais de 82 mil imóveis só no ano passado. E mais significativo é o montante envolvido nestas operações: ultrapassou os cinco mil milhões de euros.

A opinião junto das mediadoras é unânime: o mercado externo veio dar um grande fôlego ao setor e o seu peso é cada vez maior no total das transações realizadas.

De acordo com o documento, o aumento de preços em 2016 e 2017 “ocorre após um longo período de declínio e é visto até agora como uma correção da desvalorização passada em vez de uma acumulação de novos desequilíbrios”. Além disso, os “fatores domésticos parecem muito mais fracos, já que o stock de empréstimos hipotecários ainda está em declínio”.

Na perseptiva da Comissão Europeia, o preço real das casas ainda se encontra “subvalorizado” mas o rápido aumento de preços já está a afetar a procura interna e “pode agravar a questão da acessibilidade da habitação”. 

De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no terceiro trimestre do ano passado, o preço médio por metro quadrado dos alojamentos familiares vendidos em Portugal situou-se nos 912 euros. O que representou uma subida de 1,8% face ao trimestre anterior.No relatório sobre Portugal, divulgado ontem no âmbito do “pacote de inverno do semestre europeu”, Bruxelas considera que os “riscos ligados ao dinamismo renovado no setor habitacional parecem estar controlados atualmente”. No entanto, alerta o executivo comunitário, se o atual ritmo acelerado do crescimento do preço real das casas em Portugal se mantiver a médio prazo será necessária uma monitorização mais próxima deste indicador.

Para a CE, o aumento de preços das casas foi, “principalmente, restrito às áreas turísticas”, já que, no geral, os valores no setor da habitação “ainda estão a recuperar da queda da crise”. De acordo com o relatório da Comissão, a “concentração de aumento de preços nas áreas turísticas, incluindo projetos de transformação de propriedades residenciais em instalações de alojamento, sugere que o mercado imobiliário é atualmente impulsionado, principalmente, por procura externa e investimentos relacionados com o turismo”.

O mercado imobiliário português está ao rubro. As mediadoras bateram recordes de vendas e também de faturação, refletindo a dinâmica a que se assiste no setor. Trata-se do reflexo da melhoria da economia, mas também da maior facilidade de acesso ao financiamento junto da banca e da procura cada vez maior por parte dos cidadãos estrangeiros. E os números falam por si: as três maiores imobiliárias – Remax, Era e Century 21 – venderam mais de 82 mil imóveis só no ano passado. E mais significativo é o montante envolvido nestas operações: ultrapassou os cinco mil milhões de euros.

A opinião junto das mediadoras é unânime: o mercado externo veio dar um grande fôlego ao setor e o seu peso é cada vez maior no total das transações realizadas.

De acordo com o documento, o aumento de preços em 2016 e 2017 “ocorre após um longo período de declínio e é visto até agora como uma correção da desvalorização passada em vez de uma acumulação de novos desequilíbrios”. Além disso, os “fatores domésticos parecem muito mais fracos, já que o stock de empréstimos hipotecários ainda está em declínio”.

Na perseptiva da Comissão Europeia, o preço real das casas ainda se encontra “subvalorizado” mas o rápido aumento de preços já está a afetar a procura interna e “pode agravar a questão da acessibilidade da habitação”.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no terceiro trimestre do ano passado, o preço médio por metro quadrado dos alojamentos familiares vendidos em Portugal situou-se nos 912 euros. O que representou uma subida de 1,8% face ao trimestre anterior.