Trump expulsa 60 diplomatas russos em “ação coordenada” com países europeus

Ucrânia, Estados Unidos e 14 Estados-membros da União Europeia não descartam mais medidas contra a Rússia

Manhã animada na arena internacional. Hoje, os Estados Unidos da América, a Ucrânia e 14 países da União Europeia expulsaram, numa "ação coordenada", dezenas de diplomatas da Federação Russa. 

A ação é consequência da tentativa de envenenamento de Sergei Skripal, ex-agente russo exilado no Reino Unido, que vem sido atribuída a Moscovo. O ataque, ocorrido em Salisbury, levou a primeira-ministra britânica Theresa May a duras críticas em direção à Rússia e a uma clara demarcação institucional. Esta manhã, o Ocidente juntou-se a ela. 

O departamento de Estado norte-americano ordenou a expulsão de "dezenas" de agentes de inteligência e adidos do consulado russo em Seattle, afirmando "solidariedade inquebrável com o Reino Unido" e vontade de "impor consequências sérias à Rússia pelas suas violações contínuas das normas internacionais".

Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, revelou que as expulsões foram "coordenadas" em resposta ao ataque em Salisbury e que medidas adicionais, incluindo mais expulsões, "não estão excluídas nos próximos dias". Alemanha, França, Espanha e Itália fazem parte dos 14 Estados-membros da União Europeia que expulsaram hoje diplomatas da Federação Russa, presidida pelo recentemente recém-eleito Vladimir Putin.

O Canadá também anunciou que se juntará à ação ocidental contra o ataque russo, que "faz parte de um padrão mais alargado de comportamentos inaceitáveis da Rússia, como a cumplicidade com o regime de Assad, a anexação da Crimeia, os confrontos no Leste da Ucrânia, a interferência em eleições e outras campanhas de desinformação".

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo já reagiu, considerando a ação conjunta como "hostil" e prometendo resposta para breve.