Trabalhadores de hiper e supermercados em greve no 1º de maio

A greve tem como objetivo reivindicar o respeito pelo gozo do feriado do Dia do Trabalhador

Os trabalhadores das empresas de distribuição vão estar em greve, na próxima terça-feira, dia 1 de maio, para reivindicar o gozo do feriado do Dia do Trabalhador, melhores salários e o respeito pelos direitos.

A paralisação dos trabalhadores dos super e hipermercados no 1.º de maio não é novidade – já no ano passado assistimos a algo semelhante.

Segundo o “Jornal Económico”, o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo (Sitese) divulgou um pré-aviso de greve para os trabalhadores das empresas de distribuição, com início às 00h00 e fim às 24h de 1 de maio, Dia do Trabalhador.

Através de um comunicado, o Sitese declara “greve à prestação de trabalho para os trabalhadores dos setores do comércio, escritórios e serviços, nomeadamente nas empresas filiadas na APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição)”.

A paralisação tem como objetivo reivindicar o respeito pelo Dia Internacional do Trabalhador.

De acordo com o sindicato, a greve é também “contra a precariedade” e “pela defesa dos direitos dos trabalhadores”, exigindo ainda o “aumento dos salários”, o “fim imediato dos bloqueios à negociação coletiva” e “o respeito e exigência do cumprimento integral da negociação coletiva”.

A luta dos trabalhadores do setor das empresas de distribuição tem vindo a decorrer durante todo o mês de abril. Os trabalhadores do Lidl iniciaram ontem os seus dois dias de greve (29 e 30 de abril), que acaba hoje. Dia 4 de maio, é a vez dos funcionários do Dia Minipreço.

Páscoa

Os trabalhadores dos super e hipermercados também estiveram em greve no domingo de Páscoa. Nos motivos da paralisação, o SITESE indicou o “respeito pelo feriado nacional do domingo de Páscoa”, “trabalho digno”, a “conciliação da vida familiar com a vida profissional” e o “fim da precariedade”.

Pela primeira vez, este ano várias empresas de distribuição encerraram mais cedo. Após o pré-aviso de greve para o domingo de Páscoa, alguns hipermercados, nomeadamente as cadeias Jumbo, Continente e Pingo Doce, anunciaram que iriam encerrar às 14h00.

Segundo o sindicato, a greve do feriado da Páscoa teve uma adesão superior a 50%. Já a APED disse que a paralisação registou um impacto residual e que as lojas de retalho dos seus associados funcionaram “com normalidade”.